Mais de 600 jovens de diversas regiões do Paraná participaram nesta segunda-feira (29), em Curitiba, do 2º Encontro Estadual de Protagonismo Juvenil na Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis, AIDS e Hepatites Virais. Promovido pela Secretaria de Estado da Saúde, o evento reuniu estudantes universitários e secundaristas, professores, profissionais de saúde e representantes de entidades que apoiam a causa.
O foco no público jovem tem um motivo. Dos cerca de mil casos novos de Aids registrados no Paraná anualmente, pelo menos 50% está relacionada a adultos jovens com idade entre 20 e 34 anos. Os números mostram que é nesta faixa etária que o risco de transmissão tem sido maior.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, o jovem é a principal vítima, mas também pode ser o principal ator no processo de reversão deste quadro. “É preciso compartilhar a boa informação, rever conceitos e mudar hábitos. O jovem muitas vezes acha que nada vai acontecer com ele, mas os números dizem o contrário. O assunto é sério e deve ser passado adiante”, disse ele.
ALERTA CONSTANTE - Caputo Neto afirma que o tema da prevenção da AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis nunca pode sair de pauta. “Queremos que os jovens sejam protagonistas nesta guerra contra as DSTs. As redes sociais estão aí e podem ser utilizadas como um importante instrumento neste processo. Juntos vamos nos tornarmos agentes desta transformação”, ressaltou.
Para o estudante Carlos Meister, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), o jovem de hoje em dia tem uma habilidade muito grande em se mobilizar. “Precisamos utilizar esta nossa característica em ações de promoção da saúde. Temos que lutar mais por causa da saúde pública e da juventude”, declarou.
Quem também compartilha da mesma opinião é o professor Luiz Fabiano Zanatta, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), de Bandeirantes. Ele comenta que a comunidade acadêmica deve, cada vez mais, atuar em prol da sociedade. “É essencial que levemos nossas ações de ensino, pesquisa e extensão para além dos muros das universidades. Temos que ter este compromisso com a sociedade em que estamos inseridos”, destacou.
AÇÕES - O encontro também foi a oportunidade de faculdades e escolas apresentarem o que já estão desenvolvendo na área de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Este momento de troca de experiências é importante para incentivar os jovens a criarem novas iniciativas junto à comunidade.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira, a expectativa é que os participantes do evento agora voltem para suas cidades e se tornem multiplicadores de boas informações. “Ano que vem faremos outro evento e queremos mostrar novos trabalhos. É assim, agindo junto com os jovens e unindo os órgãos da saúde e da educação, que vamos conseguir mudar este panorama”, explicou.
Esta segunda edição do encontro contou com o apoio da Associação Fênix, uma Organização Não Governamental engajada na causa da prevenção da AIDS.
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