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quinta-feira, 20 de abril de 2023

Vem aí o 6º Jantar Especial Dia das Mães

 

Ex-vereador do Paraná é condenado a mais de 8 anos de prisão por estuprar criança de 2 anos


Em operação conjunta, o Ministério Público do Paraná e a Polícia Civil do Paraná realizaram nesta quinta-feira, 19 de abril, a prisão de um ex-vereador de Formosa do Oeste denunciado pelo MPPR e condenado por estupro de vulnerável. Ele foi detido em uma casa na zona rural na região do Município e deve iniciar o cumprimento da pena, fixada em 8 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado. O processo já transitou em julgado, ou seja, a condenação é definitiva e não há mais possibilidade de recurso.

O então agente político foi denunciado em 2020 pela Promotoria de Justiça de Formosa do Oeste por abusar de uma criança de 2 anos e 11 meses. Na ação penal, foi comprovado o estupro de vulnerável pela prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal (o denunciado passou a mão nas partes íntimas da criança). Houve a condenação em primeiro grau em agosto de 2021, e o trânsito em julgado, com expedição de mandado de prisão, ocorreu em novembro de 2022 – desde então, o condenado estava foragido.

Cassado – A localização do ex-vereador foi possível após registro de prática de violência doméstica na Polícia Civil, feito recentemente contra ele pela própria filha. Ele estava em um sítio da família, nas imediações da cidade. Além do estupro de vulnerável, o ex-político já havia sido condenado judicialmente por diversos atos de violência doméstica, praticados contra a esposa (autos 0000572-58.2015.8.16.0082 e 0000138-98.2017.8.16.0082), que levaram inclusive à cassação de seu mandato como vereador. Ele foi integrante do Legislativo Municipal de Formosa do Oeste entre 2017 e 2019.

Fonte: MPPR

Aumento da oferta no País interfere no preço do boi gordo no Paraná, aponta boletim


Uma maior oferta de bovinos em algumas regiões do País vem interferindo no preço do boi gordo. No Paraná, a queda foi de 1,5% nos últimos sete dias. Na Bolsa Brasileira (B3), a redução foi maior, chegando a 2,5%.

Este é um dos assuntos tratados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 14 a 21 de abril.

Além da maior disponibilidade de animais para terminação, a proximidade com o inverno pode estar estimulando pecuaristas a venderem os rebanhos, preparando-se para o costumeiro aumento no custo de nutrição nesse período.

O levantamento feito pelos técnicos do Deral aponta que, no atacado, os cortes dianteiro e traseiro são comercializados, em média, a R$ 15,43 e R$ 23,40, respectivamente.

AVES – O boletim registra ainda o aumento em 16,8% no volume de carne de frango exportada pelo Brasil no primeiro trimestre de 2023, com pouco mais de 1,2 milhão de toneladas, e de 27,1% em faturamento, que chegou a US$ 1,9 bilhão.

Os dados do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio (Agrostat Brasil), do Ministério da Agricultura e Pecuária, apontam que o Paraná, maior produtor e exportador nacional, teve participação de 42,1% no volume enviado ao Exterior e de 38,5% na receita cambial.

SOJA E MILHO – Ainda em relação à exportação, o milho paranaense teve incremento de 360% no trimestre, o que representa volume de 1,19 milhão de toneladas embarcadas. No mesmo período do ano passado foram 260 mil toneladas. As exportações nacionais do produto aumentaram 178%, alcançando 9,78 milhões de toneladas.

No entanto, houve redução de 6% no volume nacional de exportação de soja. No Paraná, a queda foi mais acentuada, com redução de 22%. No campo, a colheita da soja chegou a 97%, enquanto a do milho primeira safra atingiu 82% da área total.

TRIGO E FEIJÃO – A semeadura do trigo chegou a 1% da área, impulsionada pelo volume de chuvas registrado no Estado. Ainda que os produtores tenham aumentado a área de plantio neste ano, há preocupação com a desvalorização do produto. A maioria das praças paranaenses trabalha com valores de R$ 77,00, que é 5% abaixo dos R$ 81,00 praticados há uma semana.

A área plantada de feijão na segunda safra no Paraná foi de 296 mil hectares, com produção estimada em 589 mil toneladas. Mesmo que a área tenha se reduzido em 12% comparativamente ao ano anterior, a produção prevista representa aumento de 5%.

FRUTICULTURA – O boletim do Deral discorre ainda sobre a cultura do kiwi, 25ª fruta mais produzida no mundo. Em 2020 foram colhidas 4,3 milhões de toneladas em 270,5 mil hectares, o que representa 0,5% das 971,5 milhões de toneladas da fruticultura mundial.

A China é o principal produtor, com 68,2% da área e 50,6% das colheitas. O Censo Agropecuário 2017, do IBGE, mostrou que a fruta foi cultivada em 422 hectares no Brasil, com 5,6 mil toneladas colhidas. No Paraná, nos últimos dez anos, a área gira em torno de 200 hectares, que resultam em 3 mil toneladas de frutas.

Super Summit Sicredi reúne mil pessoas para debater lideranças plurais


Evento realizado em Foz do Iguaçu (PR) emocionou jovens e mulheres com histórias reais de equidade e inclusão nas Instituições Financeiras Cooperativas; Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU) e comitivas internacionais marcaram presença

Com o objetivo de reunir e compartilhar as experiências dos integrantes dos Comitês Jovem e Mulher, o Sicredi realizou nos dias 17 e 18 de abril o Super Summit. O encontro promovido pela Central Sicredi PR/SP/RJ reuniu cerca de 1,2 mil líderes nas instituições financeiras cooperativas dos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A iniciativa é voltada aos integrantes dos Comitês Jovem e Mulher, movimentos que têm contribuído para o fortalecimento de uma governança mais diversa, especialmente com a presença de lideranças femininas e das novas gerações no dia a dia das cooperativas de crédito e investimento.

O Super Summit foi aberto com um show de dança em alusão à força das águas - celebrando a grande foz do Rio Iguaçu. Em seguida, aconteceu o desfile das bandeiras dos 14 países representados no evento, carregadas por jovens que participam do Programa A União Faz a Vida (PUFV) - principal iniciativa de responsabilidade social do Sicredi - e as falas do presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock, e do presidente da Sicredi Vanguarda PR/SP/RJ, Aldo Dagostim. Além deles, a chair do WOCCU (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito), Diana Dykstra, também discursou sobre a força das cooperativas brasileiras.

Logo na abertura, um dos momentos mais emocionantes do encontro: um vídeo em homenagem a Adriana Conceição Barros Mêes, uma mulher apaixonada pela vida e pela cooperação, que faleceu em 2021 em decorrência de complicações causadas pela Covid-19. Todos os participantes receberam um livro com a biografia da executiva, que trabalhava na Sicredi Fronteiras PR/SC/SP, mas que inspirou muita gente em seus 51 anos de vida.

A primeira palestra do dia foi da CEO do WOCCU e presidente da Fundação WOCCU (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito), Elissa McCarter LaBorde, que falou sobre a força da cooperação e do "dom" do setor ao reunir milhões de pessoas de diferentes culturas em prol de um bem comum: ajudar ao próximo. A executiva também abordou a energia do Brasil e do quanto o País representa no cenário global do cooperativismo de crédito. "Vocês, mulheres e jovens, inspiram pessoas de todo o mundo com suas iniciativas e projetos realizados, a partir dos Comitês Jovem e Mulher. E essa força pode fazer algo sobre muitos dos desafios sufocantes e desigualdades que enfrentamos no mundo", destacou.

Após a explanação de Elissa, a representante do Sicredi na Sister Society da Rede Global de Mulheres Líderes (GWLN), Gisele Gomes, debateu com a CEO do WOCCU os principais desafios das mulheres no mundo corporativo - principalmente o de conciliar as atividades profissionais com as pessoas, como buscar as crianças na escola, honrar os compromissos familiares, manter uma vida social ativa. "Sou casada, tenho três filhos e digo que é quase impossível alcançar um 'work life balance' perfeito. Tento fazer o meu melhor para equilibrar tudo isso e ainda conseguir me exercitar, cuidar da mente e alcançar bons resultados. Isso só é possível com muita dedicação e disciplina, mas, ao mesmo tempo, sabendo que não somos perfeitos e que devemos aproveitar as oportunidades do hoje, pois o tempo passa muito rápido", argumentou.

Também no primeiro dia de evento, aconteceu a palestra de encerramento no palco principal, na Sala Grande Foz, com o especialista em inovação Arthur Igreja. Para ele, as pessoas não vão perder sua importância com a chegada de novas tecnologias, com a inteligência artificial. "O atendimento presencial ainda é essencial, por mais soluções inovadoras que surjam", alertou. O especialista trouxe inúmeros exemplos de uso da tecnologia atrelada ao fator humano, reforçando a importância das experiências. "Seria o mesmo que as pessoas aqui do evento participassem de forma on-line com uso de óculos virtual. Não seria a mesma coisa. Nenhuma tecnologia vai substituir o presencial", ressaltou Arthur, que completou: "O ChatGPT, por exemplo, pode ser utilizado para dar subsídio para atender um cliente, com dados atualizados sobre investimentos. Mas não vai resolver o problema de ponta a ponta.

Na abertura do segundo dia, foi realizada mais uma apresentação de dança tendo a água como cenário. "Sentimos a energia positiva dos participantes e ajudamos a inspirar as mulheres e jovens presentes ao Super Summit. É um sentimento de missão cumprida", disse Manfred Dasenbrock, representante brasileiro no WOCCU.

O empreendedor social Daniel Paixão, que pelo projeto Fruto de Favela representa a juventude brasileira na ONU, abriu sua palestra com um cordel - manifestação da cultura popular brasileira que teve origem no Nordeste, sua terra natal. A iniciativa encabeçada por ele impacta milhares de crianças e jovens, abrindo oportunidades de geração de renda. "Por meio do Fruto de Favela afastamos essas jóias das drogas e da criminalidade. Estamos criando novos líderes e ajudando a mudar o mundo, assim como faz o cooperativismo", destacou.

A empreendedora Sandra Chemin fez a palestra de encerramento do Super Summit Sicredi compartilhando sua experiência de atravessar o mundo e estabelecer residência na Nova Zelândia. Durante a expedição pelo mar, ela criou suas filhas e aprendeu a empreender em rede - o que rendeu o livro "Better Work Together". Para ela, trabalhar em equipe é sempre melhor: "o que o Sicredi faz é exatamente o que acredito. Porque o poder da cooperação, da colaboração do fazer juntos é o que pode mudar o mundo. E essas mudanças não vão parar de acontecer".

ESPAÇOS TEMÁTICOS

Além do ambiente central do evento, o Super Summit convidou os participantes a uma experiência imersiva pelas forças da natureza, inspirando um movimento de liderança baseado na diversidade e na sustentabilidade. Foram criadas quatro áreas temáticas, entre elas o Espaço Energia, dedicado ao empreendedorismo jovem e feminino e que teve como convidados diversos profissionais de destaque, como a co-fundadora e diretora-executiva da Aliança Empreendedora, Lina Useche, e o co-fundador da Escola de Criatividade, Jean Sigel.

O Espaço Vida foi palco de discussões sobre o cuidado com o meio ambiente e teve a participação da idealizadora da plataforma de educação ambiental Menos 1 Lixo e defensora da ONU Meio Ambiente pela campanha Mares Limpos, Fê Cortez. Já o Espaço Diversidade fez referência à variedade de espécies e à exuberância da Mata Atlântica, e teve como tema a inclusão, diversidade e equidade. E, para fomentar a discussão sobre etarismo e gênero no espaço, os participantes puderam assistir à palestra da comunicadora e escritora, Cris Pàz.

No Espaço Caminhos, o tema principal foi a governança com a participação de lideranças como a diretora do Programa Global Women's Leadership Network (GWLN), do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito, Eleni Giakoumopoulos, e do diretor-executivo da Central Sicredi PR/SP/RJ, Maroan Tohmé. Também participaram dos momentos de reflexão e conhecimento o diretor do Programa de jovens (WYCUP) do WOCCU, Thomas Belekevich, a embaixadora do Rede Global de Mulheres Líderes (GWLN) no Brasil, Gisele Gomes, e a secretária executiva da Central Sicredi PR/SP/RJ, Suzane Almeida, além de representantes das cooperativas, que compartilharam seus cases de sucesso.

Sobre o Sicredi

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. Possui um modelo de gestão que valoriza a participação dos mais de 6,5 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio. Com mais de 2.400 agências, o Sicredi está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizando mais de 300 produtos e serviços financeiros.

Site do Sicredi: www.sicredi.com.br

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Polícia Rodoviária intensifica fiscalização nas rodovias estaduais no feriado de Tiradentes


O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) iniciou nesta quinta-feira (20) a Operação Tiradentes, com reforço de policiamento nas rodovias estaduais. O objetivo é coibir os crimes de trânsito e promover a segurança dos usuários das rodovias ao longo do feriado prolongado.

A Polícia Rodoviária atuará de forma preventiva para coibir acidentes e infrações, como o excesso de velocidade, embriaguez ao volante e tráfico de drogas.

Para promover mais segurança nas rodovias e evitar acidentes, as equipes policiais vão intensificar as ações por meio de radares portáteis, etilômetros (bafômetros), pontos-base e patrulhamento móvel.

Além disso, o BPRv conta com equipes com cães farejadores, possibilitando a fiscalização rápida nos veículos para a localização de drogas e armas irregulares que, porventura, os motoristas estejam transportando.

RECOMENDAÇÕES – O BPRv orienta que os motoristas chequem a manutenção do veículo antes de viajar. Freios, pneus, suspensão e os faróis precisam estar em boas condições. É importante ainda o condutor verificar se o carro está com estepe, macaco e a chave de roda, caso seja necessário fazer a troca de pneu durante a viagem.

Outras orientações importantes são o cuidado na direção, não manusear celular ou outros dispositivos durante a condução do veículo, não ultrapassar pela faixa contínua, usar as cadeirinhas adequadas para transporte de crianças e os dispositivos corretos caso haja o transporte de animais de estimação.

Caso se depare com alguma situação de crime ou sofra um acidente de trânsito, o usuário deve acionar o fone 190 ou diretamente o BPRv pelo 198.

Onda de frio faz temperaturas despencarem no Paraná

O amanhecer foi gelado em todas as regiões do Estado, com mínima de 2,1°C em General Carneiro e 9ºC em Curitiba


Uma onda de frio fez as temperaturas despencarem no Paraná nesta quinta-feira (20). O amanhecer foi gelado em todas as regiões do Estado, com mínima de 2,1°C em General Carneiro, no Sul paranaense, de acordo com o Simepar.

“O ingresso de um ar mais frio no estado, causa declínio mais acentuado das temperaturas. Principalmente em porções da metade sul e no setor sul, até a última hora, por exemplo, a região de General Carneiro registrou 2,1°C”, explica o meteorologista Fernando Mendonça Mendes.

Em Curitiba, os termômetros registraram apenas 9ºC por volta das 7h, e não devem passar dos 18 ºC hoje.

Mesmo cidades que costumeiramente registram temperaturas mais altas amanheceram com um friozinho. Foz do Iguaçu, no Oeste paranaense, registrou 9ºC no início do dia, enquanto Umuarama, no Noroeste, registrou 13,9ºC no mesmo horário.
Conforme a previsão do tempo do Simepar, as temperaturas devem subir ao longo do dia, com predomínio de tempo aberto e ensolarado, mas permanecem em patamares baixos para o Outono.

“O resfriamento atinge praticamente todo o Estado, mas é no Centro-Sul que são esperados os valores mais baixos nos termômetros; inclusive, há possibilidade de formação de geadas fracas. Predomínio de sol ao longo do dia, porém não esquenta muito na ‘metade sul’”, aponta o Simepar.


Morre o ‘Pedrão da Chimbica’


A morte calou a voz do ‘Pedrão da Chimbica’ e a gaita inseparável também deixa de ser tocada. Nesta quarta (19), moradores do Jordão, em Guarapuava, lamentam a morte de Pedro Bonavigo, aos 78 anos. Ele estava internado no Hospital São Vicente e a causa não foi revelada. De acordo com o obituário, o corpo dele está sendo velado na Capela Mortuária UmuPrev e o sepultamento ocorre às 15h30 desta quinta (20). Será no Cemitério Jordão.

Quem conheceu o ‘Pedrão’, aquele ‘italianão’ da voz alta e do riso exagerado, jamais vai esquecê-lo. Sempre conduzia a ‘velha chimbica’, uma pick-up da marca Williams, anos 50, de cor azul bem forte, importada dos Estados Unidos. Estava com ele há 49 anos.

Músico desde criança quando ‘esfolava’ pedaços de madeira simulando um cavaquinho, foi aos 15 anos de idade que teve o primeiro contato com uma gaita de botão. Começava aí uma trajetória musical que em 2009 teve um momento de sucesso. A música ‘Chimbica do Pedrão’ chegou a ser um ‘hit’ em celulares, programas de rádio e ultrapassou fronteiras com clipe postado no YouTube.

Conforme a trajetória do músico, após ganhar uma gaita piano, entre 1966 e 1968, começou a participar de programas de calouro na Rádio Difusora. Depois na Rádio Atalaia onde tinha o programa ‘O Rancho do Pedrão’. Formando dupla com o primo Dileto Pulga e uma parceria com o sanfoneiro Tobias de Souza, aos poucos, foi divulgando a música tradicionalista de ‘Os Bertucci’.

Pedrão, que foi policial rodoviário, também fez parte do Grupo Folclórico Anima. Mas, conforme ele contou em entrevista ao Portal RSN ainda em 2009, foi indo e vindo diariamente no Jordão que observou o cotidiano do parque recreativo e compôs a ‘Chimbica do Pedrão’

A música conta a história criada nas conversas nos bares da vila, principalmente no Bar do Polaco, ponto de encontro após às 18h. É um xote meio nordestino, meio gauchesco que deu numa mistura bem guarapuavana. O CD chegou a ultrapassar fronteiras chegando até a Polônia.

Fonte: Portal RSN

Alunas indígenas da UEPG contam com orgulho trajetória na universidade


Quem passa pelo Bloco B do câmpus central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) pode encontrar Julia e Rosilene imersas nos estudos. Além de colegas de curso, ambas têm histórias em comum: entraram na graduação por meio do Vestibular dos Povos Indígenas. Alunas do curso de Pedagogia, elas não estão sozinhas na trajetória. Em 2023, a UEPG conta com 31 alunos indígenas: 29 na graduação e dois na pós-graduação – o maior número desde que a Política de Permanência Indígena iniciou, em 2002.

Dos 23 anos de implementação da medida, 15 alunos indígenas já se formaram pela UEPG. No Dia dos Povos Indígenas, comemorado nesta quarta-feira (19), alunos da UEPG afirmam: lugar de indígena é também na universidade.

O objetivo dos alunos indígenas que entram no ensino superior é quase sempre o mesmo: retornar o aprendizado recebido para sua comunidade. Para Rosilene Gynprag Abreu, o destino não será diferente. “Eu tenho experiência em trabalhar em escola e para mim seria uma oportunidade de trabalhar dentro da aldeia, porque quando a gente pensa em fazer faculdade nas instituições, a gente pensa na comunidade também”, conta.

Rosilene está no quarto ano de Pedagogia, estuda a alfabetização de crianças indígenas e pretende trabalhar na área quando se formar. O sonho nunca é individual, mas coletivo. “Já tinha pensado em fazer faculdade, porque na comunidade onde vivo as crianças sempre têm um sonho e eu pensava assim: se um dia eu conseguir entrar na faculdade, eu vou persistir, mesmo que as dificuldades permaneçam”, ressalta.

As dificuldades apareceram durante a graduação. Nascida e criada na Terra Indígena de Faxinal, de Cândido de Abreu, o Kaingang é o primeiro idioma da aluna. O português veio depois. “Aqui é um ambiente diferente que nós não estamos acostumados a viver e por isso acontece muito a desculturação”, afirma.

Julia Isabela de Souza também sabe o que é viver distante de casa. Da Terra Indígena Kakané Porã, de Curitiba, Pedagogia não era a primeira opção da aluna. Antes do curso atual, ela fez Direito por quatro anos. A mudança se deu pela vontade de ajudar a sua comunidade. “Ficava me perguntando o que iria fazer depois de me formar e como iria ajudar minha comunidade. E única área que veio na minha cabeça era a educação”, explica.

Assim como Rosilene, Julia enfrentou desafios. O maior deles é a distância de casa, segundo ela. “As pessoas não entendem e não procuram saber o porquê de estarmos aqui. Nós estamos longe da nossa família, da nossa comunidade. Isso é desafiador ter que ficar longe das pessoas que você ama para tentar levar isso [o aprendizado] depois para eles, então todo o dia é um desafio”, relata.

Apesar dos desafios, o orgulho por ser indígena, o sentimento de pertencimento a uma comunidade e a força da ancestralidade são maiores. “Nossos ancestrais lutaram muito para que nós pudéssemos frequentar uma universidade”, ressalta Julia. Para Rosilene, estar no ensino superior é sinônimo de marcar presença. “Estarmos aqui nos dá visibilidade e faz as pessoas perceberem que indígenas também existem e que podemos ser o que quisermos. Isso não vai deixar a gente ser menos indígena”, complementa.

Frequentar uma universidade como indígena também significa quebrar preconceitos. “Aqui, nós não precisamos ser aquilo que o homem branco sempre falou, que lugar de indígena é no meio do mato. A universidade é lugar de indígena, sim, a UEPG é terra indígena, sim, e merecemos respeito”, enfatiza Julia.

VESTIBULAR DOS POVOS INDÍGENAS - Julia, Rosilene e demais alunos indígenas da UEPG são fruto da Política de Permanência Indígena, criada pela Lei Estadual nº 14.995/2006, que assegura o ingresso de estudantes indígenas nas universidades estaduais e federais do Paraná. O ingresso acontece por meio de Vestibular específico, que oferta anualmente 52 vagas para a graduação. Depois de matriculados, os universitários indígenas recebem o auxílio instalação e auxílio permanência, durante todo o período em que estiverem na universidade.

Na UEPG, a partir da aprovação no Vestibular, os estudantes são acolhidos pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), que faz orientação sobre os cursos ofertados pela instituição. Depois, os alunos escolhem o curso desejado e são matriculados. Todo o trabalho de acolhimento institucional acontece por meio da Prae, com Diretoria de Ações Afirmativas e de Diversidade, Comissão Universidade Para o Índio (Cuia) e os professores do curso em que os acadêmicos estão inseridos.

Neste ano, as provas do Vestibular Indígena serão aplicadas em 07 e 08 de maio, de forma descentralizada em sete polos – Mangueirinha, Manoel Ribas, Apucaraninha, Santa Helena, Nova Laranjeiras, Cornélio Procópio e Curitiba. O processo de seleção é realizado dentro das terras indígenas e ocorre durante dois dias, com ajuda dos acadêmicos indígenas.

Óbitos registrados em Guarapuava e Região


A Central de Triagem informa os óbitos registrados em Guarapuava e Região - CLIQUE AQUI...
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