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terça-feira, 22 de julho de 2025

Autora da lei que criou a data, Cristina Silvestri participa de manifestação no Dia de Combate ao Feminicídio

Quase 200 municípios paranaenses se mobilizaram nesta terça-feira (22) para marcar o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, instituído pela Lei nº 19.873/2019, de autoria da deputada Cristina Silvestri. Em Guarapuava, a parlamentar participou da Caminhada do Meio-Dia — atividade realizada nesta data em diversas cidades do estado desde 2023.

“Hoje voltamos às ruas em memória de todas as mulheres que tiveram suas vidas brutalmente interrompidas pelo feminicídio. Nós criamos a lei, mas sabemos que a mudança não acontece se ficar só no papel. É fundamental que todos e todas sejamos parte desta luta. Fico comovida ao perceber que, a cada edição, mais municípios aderem à campanha, promovendo ações concretas, como a Caminhada do Meio-Dia”, afirmou a deputada Cristina.

A data de 22 de julho foi escolhida em referência ao assassinato da advogada Tatiane Spitzner, em 2018, em Guarapuava. A morte, decorrente de um relacionamento abusivo, ganhou repercussão nacional e tornou-se símbolo da luta contra o feminicídio no Paraná.

Somente neste ano, 45 mulheres perderam a vida para o feminicídio no estado. Em todo o ano de 2024, foram 190. “Esses números não são apenas estatísticas. São mães, irmãs, amigas, vizinhas. Que esse dia siga nos lembrando da urgência de proteger vidas, fortalecer políticas públicas e nunca silenciar diante da violência”, destacou a deputada. Desde 2024, o Dia de Combate ao Feminicídio integra o Código da Mulher Paranaense (Lei Estadual nº 21.926/2024), nos artigos 258 e 259.

COMO DENUNCIAR

Qualquer pessoa pode denunciar casos de violência doméstica. Em situações de emergência ou flagrante, deve-se acionar a Polícia Militar pelo número 190. Também é possível registrar denúncias pelo Disque 181 (www.181.pr.gov.br) ou pelo Disque 180, canal do governo federal que também atende via WhatsApp: (61) 99610-0180.

Faleceu Eurides Rodrigues Vaz


Faleceu nesta terça-feira (22/07) Eurides Rodrigues Vaz, aos 95 anos.

O velório será realizado na Capela Nossa Senhora das Brotas, na Vila Ibema, no distrito de Faxinal da Boa Vista.

O sepultamento será nesta quarta-feira, às 11h.

Forças de segurança trabalham em várias frentes para prevenir e elucidar feminicídios no Paraná


O Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, 22 de julho, foi instituído pela Lei 19.873/2019, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, e simboliza um esforço conjunto de diversas esferas da sociedade na proteção às mulheres, incluindo as forças de segurança e as várias ações do Governo do Estado. A data foi escolhida em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava e, além da lembrança, é um dia de mobilização.

“No Paraná, o combate ao feminicídio é tratado de forma ampla e integrada entre as forças de segurança, das Delegacias da Mulher aos atendimentos diários da Polícia Militar. Nesse contexto, em 2024, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) criou o Programa Mulher Segura, que traz uma série de ações para coibir crimes praticados contra mulheres. Neste ano, ele foi expandido a todos os 399 municípios paranaenses. Queremos continuar atuando de maneira muito séria e estratégica nessa área”, ressalta o secretário da Segurança Pública, Hudson Teixeira.

O Programa Mulher Segura tem por objetivo o enfrentamento aos diversos tipos de violências de gênero contra a mulher, tais como o feminicídio, estupro e outras modalidades de violência doméstica, com ações de prevenção. O programa trabalha com dois segmentos: o Mulher Segura e o De Homem Para Homem. O primeiro é voltado para mulheres e o segundo para os homens, buscando o engajamento deles no combate à violência de gênero.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), como parte integrante deste trabalho, atua na investigação e esclarecimento dos crimes. As delegacias da PCPR estão plenamente preparadas para apurar as ocorrências de feminicídios ou casos de violência contra a mulher. Nos últimos anos, os índices de solução de feminicídios seguem em torno de 100%.

Para Luciana Novaes, delegada-chefe da Divisão de Polícia Especializada, o número reflete mais do que o trabalho comprometido das equipes policiais, pois elucidar crimes significa também combater. “Isso é uma resposta aos agressores. Estes crimes não passarão em branco. Enquanto houver feminicídio, haverá uma Polícia Civil preparada para investigar, identificar autores e levá-los até a justiça.”

A PCPR também promove de ações educativas e conta com salas de atendimento especializado a mulheres nas delegacias, as chamadas “salas de acolhimento”. O objetivo é evitar que o feminicídio aconteça e difundir conhecimentos para que elas reconheçam o que é a violência e saibam como procurar ajuda.

O trabalho de combate à violência doméstica no Paraná também é realizado de forma ostensiva e estratégica por meio da Patrulha Maria da Penha, um programa consolidado da Polícia Militar (PMPR). Indo muito além do atendimento emergencial, o serviço se tornou uma peça-chave na proteção de mulheres, atuando diretamente para quebrar o ciclo da violência com uma abordagem dupla: de um lado, um olhar humano e acolhedor para a vítima; do outro, a mão firme da lei sobre o agressor.

O atendimento da Patrulha é iniciado após o registro oficial da violência, seja por um Boletim de Ocorrência, uma denúncia anônima pelo Disque 181 ou por encaminhamento direto do Poder Judiciário. O acompanhamento ocorre com visitas periódicas, que representam a presença do Estado na segurança da mulher. A partir da concessão de uma Medida Protetiva de Urgência (MPU), as equipes especializadas também entram em ação, analisando o risco de cada caso e incluindo a vítima em um programa de acompanhamento.

O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Jefferson Silva, reforça a filosofia do programa. "A Patrulha Maria da Penha personifica o equilíbrio da nossa missão, que é estender a mão com empatia e acolhimento à vítima ao mesmo tempo em que aplicamos a força da lei com rigor sobre o agressor. Não se trata apenas de reagir à violência, mas de preveni-la ativamente, fiscalizando as medidas protetivas e deixando claro que a impunidade não tem espaço no Paraná. Cada visita é um ato de proteção à vida e de reafirmação da dignidade", conclui.

Durante a visita à vítima, as equipes compostas por policiais, homens e mulheres com capacitação em escuta qualificada e abordagem sensível, oferecem orientação sobre seus direitos, informam sobre a rede de apoio do município e estabelecem um canal de confiança, mostrando que ela não está desamparada. O objetivo é fortalecer sua autonomia e garantir que tenha as ferramentas para seguir em frente com segurança. Vale ressaltar que o agressor também é acompanhado e passa por visitas.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, muitas vezes a mulher precisa de apoio, além da fiscalização, como acolhimento no hospital ou busca de um local seguro para ficar. A PMPR tem integração com fundações sociais, CREAS, Ministério Público, prefeitura e até outros batalhões, porque o zelo pela vida dessas mulheres exige articulação.

A instituição orienta que em situações de urgência a vítima ligue para o 190, destacando a importância das denúncias anônimas, incentivando vizinhos e familiares a não se omitirem diante de sinais de agressão.

TECNOLOGIA – Outro destaque é a monitoração de possíveis agressores de mulheres que tenham medida protetiva e usem tornozeleiras. O equipamento dará um sinal para um celular da mulher sob possível ameaça e ao mesmo tempo alertará a Polícia Militar. Esse programa foi lançado pelo Governo do Paraná através da Sesp, com investimento de R$ 4,8 milhões por parte do Estado e está em fase de implantação.

A ação faz parte do Mulher Segura e conta com uma atuação especial da Polícia Penal do Paraná (PPPR). A primeira etapa terá como piloto as cidades de Curitiba (nos primeiros seis meses) e, na sequência, Foz do Iguaçu, no Oeste, com o restante do Estado incluído após o primeiro ano do projeto.

CAMINHADA – Neste 22 de julho acontece a Caminhada do Meio-Dia, uma mobilização promovida pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). O evento está em sua 3ª edição e ocorrerá simultaneamente em 179 municípios do Paraná com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o enfrentamento da violência contra a mulher. Em Curitiba, a concentração é na Praça Santos Andrade, com saída ao meio-dia rumo à Boca Maldita (Praça Osório).

CANAIS – Além do 190, que é utilizado para quando o fato está ocorrendo, as vítimas podem recorrer ao telefone 181 para denunciar anonimamente a violência. A PCPR conta ainda com fone 197 para denúncias.

O Boletim de Ocorrência pode ser registrado na delegacia mais próxima ou via internet, no portal da PCPR (www.policiacivil.pr.gov.br/BO). No registro presencial, a equipe vai colher todas as informações do crime e, dependendo do caso, poderá ser solicitada uma medida protetiva, que vai determinar o afastamento do agressor do convívio da mulher. O registro online pode ser feito em casos de lesão corporal (violência doméstica), ameaça, injúria, calúnia, difamação e contravenção de vias de fato cometidos contra a mulher, nos termos da Lei Maria da Penha.

- Disque-denúncia 181 | 181.pr.gov.br/

- Programa Mulher Segura Paraná | seguranca.pr.gov.br/Mulher-Segura



- Violência contra a Mulher | policiacivil.pr.gov.br/mulher

Confira os sinais de alerta:

- Ciúme excessivo e possessividade

- Controle sobre a vítima

- Isolamento da vítima de amigos e familiares

- Explosões de raiva e comportamento agressivo

- Desvalorização e humilhação

- Nunca assumir a culpa. Sempre atribuir essa culpa para a vítima

- Ameaçar e intimidar

- Minimizar ou negar comportamentos abusivos

- Histórico de relacionamentos abusivos

- Controle financeiro

- Todos esses elementos ficam mais graves em caso de uso/abuso de álcool e drogas

Ex-prefeito de Nova Tebas que cursou Medicina enquanto exercia o mandato é réu em ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público


O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Manoel Ribas, no Norte Central do estado, ajuizou ação de responsabilização por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Novas Tebas (mandatos 2017-2020 e 2021-2024), município que integra a comarca. A medida judicial decorre de apuração que demonstrou que o agente público frequentou, de julho de 2021 a dezembro de 2023, em período integral, curso de Medicina em instituição de ensino de Campo Mourão, que fica a pouco mais de 70 quilômetros de Nova Tebas.

As investigações, iniciadas em 2023, comprovaram que o então prefeito iniciou a formação em julho de 2021 e nela permaneceu até dezembro de 2023, quando trancou sua matrícula para o ano seguinte.

Como manteve o recebimento de seus vencimentos como prefeito enquanto frequentava o curso superior – atividade de interesse particular e em afronta ao interesse público, considerando a incompatibilidade de horários – ficou demonstrada na ação que o prejuízo ao erário alcançou o montante de R$ 469.203,47. O valor equivale aos salários por ele recebidos no período (R$ 409.136,21) somados às diárias que ele também teria recebido pelo cumprimento de agendas oficiais com deslocamento a outras cidades (R$ 60.067,26).

Antes de propor a ação, a Promotoria de Justiça buscou solucionar a questão pela via extrajudicial, com o envio de recomendação administrativa. O então prefeito, entretanto, não acatou as orientações e buscou a prorrogação do prazo concedido para o saneamento da situação. Com a ação ajuizada, foi requerido, além da condenação do ex-prefeito por ato de improbidade administrativa, que pode acarretar a perda de função pública e a proibição de contratar com o poder público, entre outras sanções, o ressarcimento integral do dano causado aos cofres públicos.

PCPR deflagra operação contra grupo que movimentou R$ 4,3 milhões com tráfico de drogas


A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (22) para cumprir 65 mandados judiciais, sendo 34 de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão, em uma operação contra um grupo criminoso que atuava no armazenamento, transporte, distribuição e comercialização de entorpecentes. A ação ocorre nas regiões Centro e Oeste do Paraná e no estado de Santa Catarina e conta com apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR),

As ordens judiciais estão sendo cumpridas simultaneamente em sete cidades: Toledo, Cascavel, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon, Laranjeiras do Sul e Guarapuava, no Paraná, e Itajaí, em Santa Catarina. A ação também conta com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) e da Guarda Municipal.

Cerca de 150 policiais civis e militares participam da ofensiva, que tem como base uma investigação iniciada há cerca de um ano.

As apurações indicam que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 4,3 milhões com a atividade ilegal. A investigação identificou estruturas logísticas utilizadas para escoar mais de uma tonelada de drogas na região.

O objetivo da operação é desarticular a cadeia de atuação da organização criminosa, atingindo integrantes com funções estratégicas em diferentes etapas do esquema.
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