A Polícia Militar confirmou a prisão de um rapaz de 28 anos suspeito de causar o tiro que tirou a vida de um menino de oito anos na noite deste domingo (28) na Vila Vilela, em Ponta Grossa. O homem é o padrinho da criança e disse que estava manuseando uma pistola comprada há menos de um mês, e afirma que o disparo foi acidental. O pai da vítima, que era monitorado por tornozeleira eletrônica, também foi preso por suspeita de tráfico de drogas.
Conforme o relato da Polícia Militar, o tiro aconteceu na rua Paulo Chagas, na Vila Vilela. Assim que o menino foi baleado, o padrinho e a mãe da criança colocaram ela no carro e foram até a área central da cidade buscar atendimento médico. Em frente ao clube Tradição, na Avenida Bonifácio Vilela, eles cruzaram com uma ambulância e pediram socorro. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu também foram acionadas, mas o menino não resistiu aos ferimentos e morreu enquanto recebia atendimento.
O padrinho da vítima contou que estava manuseando uma pistola recém-comprada e deu um tiro para o chão enquanto conversava com o pai da vítima. Depois disso, ele diz que pretendia guardá-la, mas não percebeu que ainda havia munição na arma. Houve um disparo que atingiu o peito da criança, que estava no portão. Após o tiro, ele jogou a arma num matagal ao lado da casa e correu com a mãe da vítima em busca de atendimento médico. Ele foi preso em flagrante pelo homicídio e negou que o disparo tenha qualquer relação com a comemoração do resultado das eleições – ele, inclusive, teria votado no candidato perdedor.
Equipes da PM e do Pelotão de Choque foram até o endereço indicado pelo autor do tiro acidental em busca da pistola. A arma não foi encontrada, apenas munições deflagradas .380; No quintal da casa, foi encontrada uma pedra de crack de 430 gramas, além de uma balança de precisão. Dentro do imóvel, também foi apreendido 248 gramas de cocaína, 44 gramas de maconha, dinheiro e outras duas balanças. O responsável pelo imóvel é o pai da criança e foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Ele usava tornozeleira eletrônica e respondia processo por associação para o tráfico.
Peritos da Polícia Científica e investigadores da Seção de Homicídios trabalham desde a noite de domingo para esclarecer o caso. Os dois presos foram levados até a 13ª Subdivisão Policial (SDP) para as devidas providências e devem ser submetidos a audiência de custódia nesta segunda-feira (29).
O corpo do menino foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa e será velado na Capela Santo Antônio. O sepultamento está marcado para 16h30 desta segunda-feira.