A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a terceira causa de óbitos no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais de 80% dessas mortes ocorrem em países de renda média a baixa, incluindo o Brasil. O quadro é resultado de falhas nas estratégias de prevenção e tratamento. Esse foi o tema abordado nesta segunda-feira (5), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), pela médica Lêda Maria Rabelo, vice-presidente da Associação Paranaense de Pneumologia e Tisiologia (APPT). Ela abriu a sessão plenária a convite da deputada estadual Cristina Silvestri (PP).
O pronunciamento da pneumologista marcou a abertura da Semana de Enfrentamento e Conscientização à DPOC, Asma e Tabagismo, realizada nos primeiros dias do mês de agosto. A programação segue com atividades em várias cidades paranaenses, incluindo a iluminação de espaços públicos na cor azul, símbolo da campanha.
A data foi instituída no Paraná pela Lei 21.943/2024, de autoria da deputada Cristina. A legislação foi sancionada no último mês de maio e tem como coautores a deputada Márcia Huçulak (PSD) e o deputado Tercílio Turini (MDB).
Segundo Cristina Silvestri, que é 3ª vice-presidente da Alep, o Paraná é o quarto estado que mais afasta trabalhadores por DPOC no Brasil e os fumantes são os mais atingidos. Já a asma afeta cerca de 450 mil paranaenses e causa mortes prematuras. “Temos que chamar a atenção da população e do poder público sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Uma das principais formas de detectar as doenças pulmonares é com a espirometria, um exame simples e de baixo custo, mas pouco conhecido pela população”, defende a parlamentar.
“Nós temos poucos equipamentos de espirometria na saúde pública. No Hospital de Clínicas de Curitiba, por exemplo, onde eu trabalho, só temos um espirômetro. A fila de espera é gigantesca, com cerca de 1,8 mil pessoas na espera, que chega a ser de dois anos e meio. Isso dificulta muito o acesso ao diagnóstico. Temos pacientes já internados em estado grave e ainda sem o conhecimento da deficiência respiratória”, lamentou Lêda Rabelo.
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) estima que, no Brasil, aproximadamente 15% da população com mais de 40 anos conviva com o diagnóstico de DPOC, que envolve geralmente a evolução de duas doenças específicas que obstruem as vias aéreas: a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da DPOC são falta de ar, mesmo diante de esforços mínimos, além de cansaço, pigarro (secreção) em excesso e tosse crônica.
EXAMES GRATUITOS
Mutirões de espirometria serão realizados como parte da programação da 1ª Semana de Enfrentamento e Conscientização à DPOC, Asma e Tabagismo. O procedimento será oferecido gratuitamente em Curitiba, na terça-feira (6), no Centro Curitibano de Atenção Especializada, em Londrina, na quarta-feira (7), no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e em Guarapuava, na quinta-feira (9), no Ambulatório Médico de Especialidades (AME).
As ações são realizadas por meio de uma parceria entre o mandato da deputada Cristina Silvestri, prefeituras e o Programa Abraçar, da Boehringer Ingelheim.
Assessoria
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