Professores cobram posturas dos deputados guarapuavanos Artagão de Mattos Leão Júnior (PMDB), Bernardo Ribas Carli (PSDB) e Cristina Silvestri (PPS); Caso greve seja deflagrada, aulas não começam na segunda-feira (9)
Matéria: www.centralcultura.com.br
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As mensagens enviadas pelo Governo do Estado para a Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (4) já causaram impactos significativos na possibilidade da greve dos professores ser deflagrada já no próximo sábado (7). As duas medidas, que vão passar pelo crivo dos deputados estaduais já geram questionamentos nas redes sociais sobre a postura que deverá ser tomada pelos representes de Guarapuava no legislativo estadual, Artagão de Mattos Leão Júnior (PMDB), Bernardo Ribas Carli (PSDB) e Cristina Silvestri (PPS). Caso sejam aprovadas, as regras de auxílio transporte, aposentadoria, licenças e descontos podem ser alterados, prejudicando a qualidade do ensino público no Estado. Uma delas, sobre o adicional por tempo de serviço na nova medida proposta por Beto Richa (PSDB) será de 0,1%.
Com os projetos em pauta, os professores começam a se mobilizar em todo Paraná e a APP Sindicato espera que a Assembleia deste sábado (7) seja a maior da história da entidade. Emocionada, a presidente da APP em Guarapuava, Terezinha Daiprai afirmou que a greve deve ser deflagrada já neste fim de semana sem o início das aulas na segunda-feira (9). “Aquilo que era ruim ficou muito pior, o Governo faz um ataque macabro aos direitos dos trabalhadores da educação, atinge conquistas de anos, e certamente a assembleia definirá pela greve imediata, inclusive queremos saber e pedir para que os deputados não votem nesse projeto, é um crime o que estão fazendo com educação do Paraná. Nós queremos impedir que ele vá para votação, não era isso que o Beto Richa dizia na eleição e agora apresentar uma quebradeira dessa. Nós não podemos deixar isso acontecer, eu peço a população que nos ajude e nos dê força nesse momento, a situação é desesperadora”, argumentou a professora.
Se aprovada, entre outras coisas, as novas leis complementares modificarão totalmente a forma de promoção e progressão tanto do Quadro Próprio do Magistério (QPM), como também do Quadro de Funcionários da Educação Básica (QFEB). O auxílio transporte não será incorporado ao salário, não será pago no caso de afastamento, férias ou 13º salário. E a lei regulariza o desconto proporcional em razão de faltas justificadas ou injustificadas.
O adicional por tempo de serviço será de o 0,1% ao ano. Hoje, o plano de carreira do magistério garante 5% de quinquênio a cada cinco anos. Com esta mudança - de 0,1% ao ano - em cinco anos o(a) professor(a) terá direito a 0,5% de quinquênio. Com relação aos contratos temporários (PSS), estes passam a ter como referência do auxílio transporte não a jornada, mas o limite de R$ 360,74.
Os deputados estaduais Artagão de Mattos Leão Júnior (PMDB), Bernardo Ribas Carli (PSDB) e Cristina Silvestri (PPS) ainda não se posicionaram sobre o assunto.