Cortes de verbas e perda de direitos fundamentais conquistados nos anos 70, como é caso do adicional por tempo de serviço, estão entre os pontos de maior discussão de professores e funcionários
Ouça na reportagem de Luan Chagas. Para ouvir, clique no link abaixo:
Os professores e funcionários da Unicentro deverão aderir à greve ao lado de outras categorias no Estado do Paraná nos próximos dias. O Sintesu, dos servidores administrativos e a Associação dos Docentes, marcaram as assembleias para o dia 11. Desde outubro do ano passado, a instituição sofre cortes de verbas da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, tanto nos repasses, como na verba destinada para custeio, para compra de materiais de expedientes. Em 2014, foram repassados apenas 40% dos R$ 10 milhões necessários e garantidos em Lei. Não havia giz branco no fim de ano em diversas salas de aula, segundo relatos de estudantes e professores.
Com pacote de austeridade anunciado pelo Governador Beto Richa e encaminhado à Assembleia Legislativa em duas mensagens que afetam questões como progressões de carreira, pagamento de férias e outros direitos trabalhistas, a Unicentro deve decidir pela Greve. As duas categorias também vão cobrar posicionamentos dos deputados estaduais de Guarapuava, Artagão de Mattos Leão Júnior (PMDB), Bernardo Ribas Carli (PSDB) e Cristina Silvestri (PPS) quanto à votação dos projetos.
Para o presidente da Adunicentro, professor Denny Willian, a aprovação das mensagens afetará direitos fundamentais, além de interferir na qualidade de ensino da universidade. “A gente questiona essa estratégia do governo de colocar votações de tamanha importância às vésperas do carnaval, pois não há tempo hábil para discussão, estamos muito preocupados com o posicionamento dos deputados Artagão Júnior, Bernardo Carli e Cristina Silvestri nesse contexto, já que vai haver um prejuízo muito grande a todos os servidores”, argumentou.
No caso dos funcionários, o presidente do Sintesu, Amauri Gumiero de Lara afirmou que nunca houve um clima tão negativo na universidade que deve aderir à greve. “Nunca se esteve tão propenso a uma greve como está tendo hoje, pois são prejuízos financeiros quanto ao terço de férias que ainda não foi pago, como prejuízos na carreira que retiram questões conquistadas a 40 anos, como é o caso do adicional por tempo de serviço é que de 1970 e numa dessas mensagens tem a perda desse direito”, afirmou.
As universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG) e do norte do Paraná (Unespar) já aderiram à greve por tempo indeterminado.
Fonte: www.centralcultura.com.br