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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Morre égua que foi colocada à venda depois de ter sido pichada no Paraná

Animal caiu acidentalmente e, devido ao estado debilitado, não resistiu.
Pichação dizia 'vendo 800,00'; égua foi flagrada em Ponta Grossa.

Do G1 PR
Entre o lombo e o pescoço da égua, estava escrito com tinta preta 'vendo 800' (Foto: Luana Dalzotto)

A égua flagrada com o corpo pichado em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, morreu. O animal chegou a ser adotado pela microempresária Valdete Cardozo, de 47 anos, e pelo marido pouco tempo depois do flagra. Entretanto, após uma queda no novo lar, o animal não resistiu. Devido ao estado debilitado, a égua morreu na noite de domingo (29). "Ainda nem tínhamos decidido o nome", lamenta.

No sábado (28), pouco tempo antes de a égua ganhar um lar, a moradora Luana Dalzotto fotografou o estado em que o animal estava. Entre o lombo e o pescoço da égua, estava escrito com tinta preta “vendo 800,00”. “Ela estava puro couro e osso, estática. Nem parecia de verdade”, conta.

Luana afirma que chamou a Guarda Municipal (GM) para recolher o animal, mas ninguém apareceu. A GM rebate e garante que, ao chegar ao local, não encontrou a solicitante, nem a égua.

Adoção
Valdete conta que passava com o marido pela região de Uvaranas quando notou o animal maltratado.

"Havia duas moças por perto, tomando conta. Elas estavam dando milho e água enquanto não chegava ajuda”, relata.

A microempresária, então, decidiu levar o animal para casa. “Eu sempre gostei de bichos e tenho um quintal enorme”, afirma. Depois de várias ligações, o casal conseguiu um veículo para fazer o transporte da égua.

Ao chegar ao novo lar, o animal ganhou um banho. “Não sobrou nada de tinta”, diz. Depois, foi dado comida e água para a égua, além de um lugar espaçoso para descansar. “Dava para ver que ela estava feliz. Nós também estávamos muito empolgados”, revela.

Acidente fatal
Entretanto, na noite de domingo, a égua acabou sofrendo um acidente. “Ela derrapou em um barranquinho que temos no quintal e não conseguiu se levantar porque ainda estava muito fraca. Tentamos fazer com que ela se levantasse de todos os jeitos, mas não conseguimos”, lamenta.

Valdete afirma que ela e a família ainda estão bastante fragilizadas com a morte. “Só queríamos cuidar do bichinho. Tirei uma foto logo após o resgate para poder comparar mais tarde, quando ela estivesse boa. Mas não deu tempo. Não deu tempo também de escolher entre os nomes Branca e Estrelinha. Toda vez que começo a falar sobre o assunto já me dá um nó na garganta”, desabafa.
Ao chegar ao novo lar, o animal ganhou banho, comida, água e um lugar para descansar (Foto: Valdete Cardozo)

Fonte: http://g1.globo.com/pr

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