O deputado estadual Luiz Carlos Martins (PP) disse que o salário de R$ 25,3 mil sofreu um achatamento nos últimos mandatos. O comentário foi feito durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa da terça-feira (24). Assista acima.
"Nós não podemos esquecer a questão de salários, inclusive nós aqui da Assembleia também tivemos um achatamento salarial. O salário de deputado, você ia em uma concessionária e comprava um carro zero da melhor qualidade. Hoje, você não compra metade, não paga metade de um carro popular", afirmou o deputado.
A declaração foi feita em referência ao fato de que o último reajuste salarial dos deputados ocorreu em fevereiro de 2015, segundo ele.
O comentário foi feito em meio às discussões da pauta do dia, que não tinha nenhum projeto de reajuste do salário dos deputados. Eles discutiam os seguintes temas:
. O programa de indenização de licença especial e dá outras providências;
. os dispositivos à lei nº 14.260, de 22 de dezembro de 2003, que estabelece normas sobre o tratamento tributário pertinente ao imposto sobre a propriedade de veículos automotores;
. a implantação de scanner corporal e de bagagem em terminais rodoviários;
. o meio de pagamento nos cartórios do estado do paraná, através de operações de cartão de débito e crédito e dá outras providências;
. a publicidade da agenda de atos políticos do poder executivo e adota outras providências;
. a "semana da tecnologia e inovação", a ser celebrada anualmente entre os dias 16 a 22 de outubro.
Durante a reunião ainda, Luiz Carlos Martins disse que o salário deles comparado ao de outros trabalhadores existe uma deformidade.
"Só que nós temos que contar isso para a população, houve achatamento. Agora, quando se pensar no que nós ganhamos e o que ganha um trabalhador da construção civil aí é uma distorção", relatou.
Procurado, o deputado Luiz Carlos Martins reafirmou tudo o que disse durante a reunião.
O presidente da Assembleia Legislativa Ademar Traiano (PSDB) não quis se manifestar sobre a declaração.
'Miserê'
O procurador de Minas Gerais Leonardo Azeredo chamou de "miserê" um salário de R$ 24 mil, durante reunião realizada no início do mês de agosto para discussão da proposta orçamentária do Ministério Público de Minas Gerais para 2020.
"Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil? O que de fato nós vamos fazer para melhorar a nossa remuneração? Ou nós vamos ficar quietos?".
O desabafo foi feito após o procurador-geral de Justiça em Minas, Antônio Sérgio Tonet, informar que, caso o estado assine o acordo de recuperação fiscal com o governo federal, não será concedido qualquer reajuste salarial, mesmo que haja aumento dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: G1 PR e RPC Curitiba
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