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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Professora é indiciada como coautora de estupro de adolescente em sala de aula no Paraná


Uma professora de português, de 43 anos, foi indiciada pela Delegacia da Mulher de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, nesta quinta-feira (9), como coautora do estupro de uma adolescente de 12 anos, que era aluna dela em um colégio público.

De acordo com a delegada Franciela Alberton, a vítima foi obrigada a fazer sexo oral em dois colegas de classe, ambos com 12 anos, dentro da sala de aula. A situação ocorreu enquanto os alunos assistiam um filme e a professora estava presente, em novembro de 2018.

Segundo a Polícia Civil, durante a investigação, dois alunos disseram ter contado à professora o que estava acontecendo com a vítima no fundo da sala. Mas a professora não deu importância aos estudantes, continuou mexendo em um notebook e não informou o ocorrido à direção.

Conforme a investigação, após a aula, a vítima foi levada para um matagal nos fundos da escola pelos dois adolescentes. Na ocasião, ela contou ter sido ameaçada por eles e, novamente, estuprada.

Segundo a delegada, a professora tinha a obrigação legal de cuidar, proteger e vigiar a vítima e, nesse caso, deveria agir e tomar as providências cabíveis diante do abuso ocorrido dentro da sala de aula.

Entretanto, ela omitiu o fato, não tomou nenhuma atitude e a direção soube do ocorrido em sala de aula apenas no dia seguinte, após uma das alunas contar o que houve para outra colaboradora da escola, conforme a polícia.

De acordo com a delegada ainda, a professora disse à polícia que permaneceu, durante toda a aula, em contato visual com os alunos e não entende como os fatos ocorreram. Além disso, negou ter sido avisada por estudantes sobre o que estava acontecendo no fundo da sala.

O crime de coautoria pelo estupro de vulnerável prevê pena de oito a 15 anos de reclusão, segundo a polícia.

Desde o ocorrido, a professora foi afastada da escola pública e permanece sem lecionar, conforme a delegada.

A investigação teve início, segundo a polícia, em novembro de 2018 e ouviu diversas testemunhas, como servidores do colégio, alunos e pais dos estudantes.

Adolescentes infratores

Conforme a Polícia Civil, os dois adolescentes foram considerados autores do ato infracional e foram responsabilizados. A determinação judicial, estabelecida em junho de 2020, prevê que eles cumpram medidas socioeducativas de Liberdade Assistida (LA).

A medida terá duração de seis meses, podendo ser prorrogada, segundo a polícia. Nesse período, os infratores serão acompanhados pelas equipes de assistência social de Pato Branco.

Fonte: G1 - PR

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