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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Quantos habitantes seriam ideais para o Turvo?



Mais da metade da população mundial já reside em áreas urbanas e ao pensar sobre o futuro de um município, uma das primeiras questões que precisam ser debatidas, é o tamanho da cidade. Alguns questionam sobre “a partir de quantos habitantes uma cidade se torna viável”, e “qual é o impacto que um crescimento populacional descontrolado causa nas finanças públicas”. Mas a verdade é que quanto menor o tamanho da população, maior é o desafio para promover o desenvolvimento humano.

Estudos do IPARDES apontam que, mantidas as tendências dos últimos anos, em 2030 a população do Paraná estará ainda mais concentrada (44% do total) no entorno de três grandes cidades – Curitiba, Londrina e Maringá – e ocorrerá um esvaziamento da maioria dos municípios pequenos. Muitos pesquisadores da área estudam soluções para os problemas das grandes metrópoles e, apesar da importância do tema quando envolve os pequenos aglomerados humanos, é preocupante constatar o silêncio brasileiro em torno dele. Por outro lado, através da organização e de planejamento, é possível encontrar caminhos para o desenvolvimento – e o tamanho populacional não é um impedimento para uma cidade se desenvolver, como nos mostra o exemplo de Quatro Pontes, no Oeste do Paraná.

Nos pequenos municípios do país a economia local, na grande maioria, é dependente dos recursos públicos e alguns especialistas apontam que o melhor seria promover a fusão destes com outros maiores. Mas algumas cidades pequenas conseguem através da agricultura, pecuária, turismo, ou indústrias, prover uma renda relativamente elevada para seus munícipes – por exemplo, a cidade Santa Rita do Trivelato, no Mato Grosso.
Fonte: IBGE
Em Turvo, em 1991 havia 14.146 habitantes, chegando a 14.530 no ano de 2000, segundo o IBGE. Houve um crescimento populacional de 2,71% no período. Por outro lado, em 2010 foram contados 13.811 habitantes, apresentando uma queda 4,94% na população, em uma década. Porém, municípios da região tiveram índices ainda maiores de esvaziamento populacional, como é o caso de Pitanga que tem praticamente o dobro da população de Turvo e que no mesmo período (2000 a 2010) teve uma perda de 9% da população.

A população total pode ter ter sido reduzida, mas é visível o crescimento da cidade de Turvo. Como a população rural era a maioria em todos os levantamentos do IBGE, podemos concluir que estão migrando da área rural para a sede do município. E qual é o tamanho ideal da população para Turvo? O que podemos fazer para interferir neste processo? A sociedade precisa debater para encontrar respostas a estas e outras questões.

O caminho para o desenvolvimento é toda e qualquer municipalidade descobrir a sua vocação – é fato que as cidades padecem deste entendimento, mas existem exemplos que mostram ser possível atingir patamares mais elevados de organização. Para Turvo, não é uma questão sem saída, temos uma agricultura familiar forte, pecuária desenvolvida, indústrias relevantes com um parque industrial já em operação, comércio diversificado, várias instituições da sociedade civil organizada em atividade e um alto potencial turístico no meio rural. Temos muitas possibilidades, e muito ainda pode ser feito para aproveitar as oportunidades que surgem.


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