Do G1 PR
Recentemente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que o Brasil poderá comercializar carne bovina com os Estados Unidos. A notícia foi bem recebida pela indústria e pelos pecuaristas paranaenses, pois agora é possível exportar a carne in natura para os norte-americanos e também comprar deles.
"Como nossas raças são zebuínas, que proporcionam carnes mais magras, é um mercado muito interessante. Auditores visitarão os rebanhos e farão as averiguações para identificar o que está apto ou não para a exportação", comenta o dono de frigorífico, Jeremias Silva Júnior.
Para os frigoríficos que já exportam para a Europa as exigências são praticamente as mesmas. A novidade deixou os pecuaristas animados. "É mais um nicho de mercado que se abre e isso só fortalece a nossa produção", reconhece o pecuarista Elton Silvia.
Mas, além de comemorar os produtores também estão procurando se adaptar ao novo negócio. O mercado americano é exigente. "O produtor precisa investir em genética, nutrição e alimentação dos animais, além de melhorar o cuidado do manejo", diz o zootecnista da Emater, João Batista Barbi.
Ainda de acordo com o zootecnista da Emater, os americanos querem a carne do novilho precoce. No Paraná, são considerados precoces os animais abaixo de 24 meses. Essa preferência pode beneficiar e muito o estado. "Dez por cento da carne que é consumida no mercado interno do Paraná já é de novilho precoce, então essa abertura só vai nos ajudar", finaliza.
