[Fechar]

Mostrando postagens com marcador felipebrugg. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador felipebrugg. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Despachante Brügg retoma o atendimento aos clientes de Turvo

O Despachante Brugg informa aos seus clientes que está retomando o atendimento ao público seguindo as normas do Detran-PR e Prefeitura Municipal de Turvo


A partir de hoje (16/04) o Despachante Brügg estará atendendo todos os serviços normais, como documentação de veículos, vistoria, emplacamentos e pagamentos de débitos.

A abertura do escritório devem seguir as normas municipais e seguindo as devidas medidas de higiene e prevenção do contágio do corona vírus, como utilização de máscaras de proteção respiratória e, conforme orientação da Secretaria da Saúde do Estado do Paraná, deve:

- Manter distanciamento de 1,5m entre uma pessoa e outra;

- Lavar as mãos com água e sabão/detergente ou higienizador à base de álcool, em especial após cada atendimento;

- Não utilizar bebedouros, em função da eminente contaminação;

- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca.

O funcionamento seguem as determinações da Portaria nº 22/2020 e Memorando nº 012/2020 emitidas pelo Detran/PR. E Decreto nº 35/2020 da Prefeitura Municipal de Turvo.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Despachante Brügg está atendendo em novo endereço em Turvo




Fui hoje fazer um documento de veículo já no novo endereço do Despachante Brügg, em Turvo, que está atendendo na Rua Paraná, nº 1205, próximo da Câmara de Vereadores.






domingo, 13 de março de 2016

17 Motivos para Comprar na Cidade de Turvo



O desenvolvimento local depende do desenvolvimento do comércio local. Quanto mais favorável o mercado estiver para fortalecer os negócios locais, mais longe o empreendedor pode ir. Por isto é tão importante o papel das Associações Comerciais e Empresariais principalmente nas cidades menores e paras as micro e pequenas empresas.

Tradicionalmente, entre as diversas ações, as ACE’s realizam as campanhas de incentivo ao comércio local, que além de incentivar o consumo através do sorteio de prêmios, deve levantar o debate da importância da concentração do comércio dentro da cidade. Quando os consumidores ajudam os negócios da cidade a crescer, toda a economia cresce junto.

E este assunto se torna ainda mais importante em momentos de crise, como o que vivemos atualmente. Comprar no comércio local é um ato para transformarmos nossa própria realidade.

A seguir, vou listar 17 motivos para você concentrar seus negócios na cidade de Turvo:

1. Porque a empresa está perto de você – As relações pessoais têm um significado especial quando se trata do dia a dia de uma pequena cidade. O contato direto com os proprietários e funcionários da empresa local fortalece as relações entre vizinhos, tornando-os centros receptivos e disseminadores de informações, lugares para se reunir e conversar. Ir até a loja é sempre uma grande oportunidade para saber as notícias do momento. Os pequenos negócios são também canalizadores de ações de cidadania e pagamentos, facilitando a vida dos setores sociais importantes com acesso limitado aos grandes negócios, como pessoas sem um veículo e os idosos. Este relacionamento diferenciado deve ser considerado no momento de decidir onde comprar.

2. Você nem precisa de carro para ir fazer compras - A padaria da esquina, os mercados, a borracharia, a lanchonete, a loja de calçados e uma infinidade de outros produtos e serviços sempre pertinho de casa. É tão comum ter tudo isso ao nosso alcance que nem percebemos como os pequenos negócios fazem parte da nossa história, tornando o nosso dia mais simples.

3. As empresas locais conhecem seus clientes – Ambos, proprietários e funcionários dessas empresas, geralmente são pessoas relacionadas com a vizinhança. Alguns deles estão no local há várias gerações. As pessoas se conhecem e se cumprimentam. Estão por perto para qualquer emergência e se encontram todos os dias em outros lugares da cidade.

4. O dono te conhece – O dono dos pequenos negócios conhece os hábitos de consumo dos seus clientes e tem como oferecer um serviço personalizado. A confiança e atenção pessoal são outros benefícios oferecidos pela empresa de pequeno porte. Atrás do balcão, encontramos um verdadeiro especialista que aconselha e assessora, sem nenhuma pressa, e cujo conhecimento e atenção acrescentam um valor para o simples ato de comprar. Esta mesma política de exclusividade também significa que, na maioria dos casos, o serviço pós-venda também é impecável: os comerciantes sabem que o bom atendimento faz com que os clientes fiquem ansiosos para voltar. Lojas de confecções ligam para os seus clientes habituais informando que chegaram novos produtos do seu gosto.

5. É melhor para negociar – Como o preço é um fator determinante (ainda mais nos dias de hoje) na decisão de compra, você deve levar em conta outros fatores que produzem valor e estar ciente quanto aos mitos e realidades sobre os pequenos comércios. Obviamente, uma loja de conveniência não pode competir em igualdade de condições frente a uma loja de departamento e oferecer grandes descontos em determinados produtos, mas pode aplicar estratégias diferentes para se tornar mais competitiva. Além disso, comprando as ofertas em uma pequena loja, em muitos casos, você ganha uma série de vantagens que são impensáveis em alguns grandes negócios, como por exemplo: conforto e proximidade, um serviço muito mais personalizado, uma forma exclusiva de negociar ou mesmo a garantia de certos “exclusivos” e “originalidades” em alguns setores. Além de estar contribuindo para a prosperidade econômica de ambiente local.

6. É melhor para obter crédito – Quanto maior sua proximidade com o proprietário do pequeno negócio, maiores as chances de o crédito ser concedido sem nenhuma burocracia. O financiamento tanto pode ser feito diretamente pelo estabelecimento, por meio de cheques pré-datados ou condição especial no pagamento com cartão de crédito. Como vendas condicionais, onde o cliente leva vários produtos para experimentar em casa e depois decide qual é melhor para fechar a compra.

7. E achar o produto certo – Quando não tem, fica mais fácil pedir para trazer. O pequeno comércio se ajusta de forma mais rápida ao consumidor, principalmente quando o cliente não encontra o produto, fica mais fácil encomendar ao proprietário para que traga o produto em falta. Quando o assunto é preço, por conhecer a clientela local, traz produtos mais adequados ao que se pode pagar.

8. Está na sua comunidade – Na crise econômica, comprar em empresas locais fortalece a cidade e a região, pois o dinheiro que é investido em lojas locais continua a circular, contribuindo de forma imediata para a prosperidade da região. A maioria dos empreendedores que residem na cidade reinvestem seus lucros na própria cidade, ao contrário das grandes empresas que remetem seus lucros paras as suas matrizes localizadas nos grandes centros. Os comerciantes locais são os maiores patrocinadores dos eventos da comunidade.

9. Seu dinheiro movimenta a economia local – O dinheiro gasto em lojas locais circula 3 vezes na região antes de desaparecer no conjunto da economia. Esse benefício é redistribuído para indivíduos e famílias nas proximidades e gera mais empregos. O nosso estado de bem estar e qualidade de vida crescerá substancialmente para permitir que o consumidor veja que estará investindo em si mesmo.

10. Gera mais emprego – Os pequenos negócios geram 52% dos empregos formais. São mais de 10 milhões de micro e pequenas empresas em todo o Brasil, além de 5,2 milhões de microempreendedores individuais e 4,2 milhões de produtores rurais. Juntos, são eles que mais geram empregos no Brasil. Isso faz muita diferença para milhões de trabalhadores que tiveram o primeiro emprego em um pequeno negócio e para milhões de brasileiros que sustentam suas famílias a partir do trabalho em uma pequena empresa.

11. Resolução de problemas de forma mais ágil – Até nos momentos em que surgem problemas, quando produtos apresentam defeitos, é mais fácil se você resolver direto com o proprietário. Quando você tem alguma dificuldade financeira e precisar renegociar suas parcelas, é muito mais fácil tratar com o proprietário.

12. O negócio local também pode ser seu cliente – Todos os benefícios do consumo local são ainda maiores se você já é ou pretende ser um empreendedor, pois os proprietários e funcionários dos outros negócios podem se tornar seus clientes e, pela relação de confiança, podem dar dicas e auxiliar no desenvolvimento do seu empreendimento. É difícil imaginar o proprietário de uma grande rede entrando pessoalmente no seu estabelecimento para negociar contigo.

13. As pequenas empresas desenvolvem a comunidade - Pequenos negócios valorizados movimentam o comércio local e promovem o desenvolvimento social. Ao comprar da pequena empresa, o consumidor ajuda os pequenos negócios a se fortalecerem. Isso estimula a empresa a inovar, a melhorar o seu desempenho, a diversificar a oferta de produtos e serviços, a atender melhor o cliente. Se você opta comprar fora da cidade porque não se sentiu satisfeito com o fornecedor local, você está contribuindo para piorar ainda mais esta situação. Pela proximidade, você pode sugerir melhorias para o proprietário e continuar comprando dele.

14. Se livrar do peso na consciência – Sempre que comprar em outra localidade um produto que poderia ter adquirido em sua cidade, o consumidor pode lembrar que aquele dinheiro investido poderia estar a ajudando a gerar oportunidades de trabalho e geração de renda para os seus parentes e amigos. Desta forma, é interessante pensar que pequenas diferenças de preços podem ser consideradas como investimento nos empregos dos seus amigos e parentes.

15. Você pode ganhar prêmios – Quanto mais você comprar da sua cidade, você estará contribuindo para os empresários fazerem campanhas ainda maiores com distribuição de prêmios, que você pode ser o ganhador.

16. Aumenta a arrecadação de impostos do município – Os impostos gerados na sua compra ficam na cidade onde você fechou negócio, portanto, comprar nos comércios locais é contribuir para os investimentos da Prefeitura da sua cidade.

17. O consumidor tem o poder de escolha – Eleger o pequeno negócio na hora da compra ajuda a fortalecer esses segmentos e impulsiona a economia. Portanto, a sua decisão de comprar dos pequenos negócios é um ato que pode transformar o país: ganha o pequeno negócio, ganha o consumidor, ganha o cidadão, ganha o Brasil. Comprar do pequeno negócio é um grande negócio para todos.

Lembre-se que ao comprar das empresas locais você contribui para:

- Maior distribuição de renda e riquezas.

- Crescimento da economia local.

- Mais investimentos nas pessoas.

- Mais investimentos nos indivíduos que reinvestem no próprio local.

- Mais empregos e aperfeiçoamento da mão de obra local.

- Conforto e pessoalidade no momento da compra.

- Mais qualidade dos produtos.


Fontes consultadas para este artigo:
https://endeavor.org.br
http://www.sebrae.com.br/



domingo, 28 de fevereiro de 2016

A importância do acesso ao crédito para o desenvolvimento da região central do Paraná


Por Felipe Brugg.

O acesso ao crédito é considerado a mola propulsora de qualquer tipo de desenvolvimento, e já é consenso entre as diversas correntes de pensamento da Ciência Econômica. Sendo assim, o crédito possui um papel vital na economia, uma vez que é essencial ao financiamento do consumo das famílias e investimento dos setores produtivos.

Sob o ponto de vista local, podemos destacar que atualmente Turvo está bem estruturado quando se analisa o mercado financeiro. A cidade conta com agências bancárias e cooperativas de crédito, dentre outras opções de agentes do sistema financeiro que fornecem crédito para investimento tanto para consumo, quanto para investimento no setor produtivo.

No entanto, outro aspecto importante do crédito, mas que é de suma importância para cidades de porte de Turvo, é o crediário próprio das lojas de varejo locais. Enquanto muitos acreditam que o cartão de crédito irá substituir por completo este sistema, e nos grandes centros populacionais isto vem sendo apontado como uma tendência, no entanto é fato que isto ainda pode demorar algum tempo para dominar o mercado por completo – ou talvez nunca domine, pois alguns especialistas apontam o cartão de crédito como tecnologia já obsoleta. Mesmo com toda a tecnologia atualmente à disposição dos comerciantes, ainda existe nos pequenos municípios e bairros das grandes cidades, a prática “de vender fiado”, pois este modo de venda a prazo deve ter algum fator positivo para quem o utiliza.

Por conceito, o crediário próprio é a forma em que o empreendedor utiliza seus próprios recursos para financiar as vendas parceladas para os seus clientes – pode ser feito através de carnê, nota promissória, cheques pré-datados, dentre outros. Existem outras formas de financiamento de vendas que são terceirizadas, como o cartão de crédito, financiamento por financeiras, etc. Mas quando a carteira de crédito própria é bem gerenciada, se torna num grande diferencial competitivo para micro e pequenas empresas, porque permite trabalhar com a fidelização dos clientes, que periodicamente retornam ao ponto de venda para acertar suas contas – e se tiverem um bom atendimento, comprarem mais. Inclusive grandes redes varejistas, como Casas Bahia e Grupo Gazin, cresceram com estratégias semelhantes de crediário próprio nos últimos tempos.


O atual cenário econômico, além da primeira queda – em 10 anos – das vendas do comércio varejista em 2015, aponta obstáculos como juros altos, inadimplência e elevadas taxas de endividamento do brasileiro que levaram o sistema financeiro a fechar a torneira, reduzindo drasticamente o volume de recursos destinados ao financiamento do consumo e tornando difícil o financiamento por terceiros. A alternativa que se apresenta para o pequeno lojista é a ampliação da oferta do crediário próprio.

Por outro lado, o crediário próprio tem como seu maior desafio, o controle do risco de inadimplência. Se este instrumento pode ser positivo e alavancar vendas, também pode, quando mal utilizado, levar qualquer negócio à bancarrota.

É reconhecendo a importância do crédito e o seu maior desafio – controle da inadimplência – que as Associações Comerciais e Empresariais, tradicionalmente atuam no Brasil oferendo aos empreendedores associados o Serviço de Proteção ao Crédito – que é um banco de dados com registro de informações de dívidas em atraso dos consumidores. Este banco de dados oferece informações sobre os pretendentes à obtenção de crédito, para a análise dos riscos na sua concessão. Através deste banco de dados, o mercado controla o endividamento dos consumidores. Vale ressaltar que o SPC, sistema operado pelas Associações Comerciais e Empresariais – e não é o único – é eficiente e possui baixo custo aos empresários e consumidores. É ágil na consulta de informações, registro de inadimplentes e na atualização das dívidas regularizadas.

Na contramão do reconhecimento da importância do crédito para o desenvolvimento do estado do Paraná, o Deputado Luiz Carlos Romanelli, Líder do Governo na Assembleia Legislativa do Paraná, é autor do Projeto de Lei nº 594/2015, que equivocadamente propõem proteger o consumidor, mas que na prática busca inviabilizar economicamente o atual sistema de proteção ao crédito vigente no estado.

Deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) / Foto: Dálie Felberg / Alep

O projeto obriga às instituições de proteção ao crédito a enviar através dos Correios carta com aviso de recebimento (AR) para notificar o devedor acerca da inclusão de seu nome no banco de dados. Atualmente este aviso é realizado eficientemente através de carta na modalidade de registro simples. Se aprovada, esta alteração acarretará o aumento estratosférico de cerca de 800% de aumento no custo de registro, inviabilizando, segundo a Faciap, 95% dos apontamentos de dívidas em atraso. No Paraná, o ticket médio das dívidas não ultrapassa R$ 60,00 e a nova modalidade de aviso aumentará o custo do aviso dos atuais R$ 2,00 para um valor acima de R$ 18,00 por registro. O projeto atinge diretamente, micro e pequenos empresários, que em sua maioria utilizam o SPC como única ferramenta de proteção do seu negócio frente ao risco de inadimplência e será inviável registrar os clientes inadimplentes devido ao custo.

Se o cenário atual, com crise no varejo, já é desafiador, se tornará ainda pior caso este projeto seja aprovado, afetando maleficamente a saúde financeira do mercado paranaense, comprometendo a sobrevivência dos pequenos negócios em todo o estado Paraná, principalmente na região central. No caso de Turvo, por exemplo, onde a maioria da população – 70 % – reside na área rural e, por consequência, a agência dos Correios não faz a entrega das correspondências nas residências, e a nova forma de envio de correspondências simplesmente não surtirá efeitos para os registros de inadimplentes.

O primeiro estado brasileiro a aprovar uma lei semelhante – Lei 15.659/2015 – à deste projeto, foi São Paulo e apenas no primeiro mês, 97% dos inadimplentes deixaram de ser negativados, pois apenas 3% dos consumidores inadimplentes assinaram o recebimento da AR. Estima-se que nos meses de setembro a outubro de 2015, cerca de 10 milhões de dívidas em atraso deixaram de ser registradas, que foram contraídas por cerca de 7 milhões de consumidores somando um total aproximado de R$ 21,5 bilhões. É notório que este cenário prejudica gravemente a ferramenta do crédito e o mercado passa a não mais conhecer o comportamento do cidadão e eleva substancialmente o risco na concessão do crédito, que passa a ser mais restrito e aumenta consideravelmente os juros cobrados.

Quanto ao Projeto de Lei nº 594/2015 que tramita na ALEP – Assembleia Legislativa do Paraná, atendendo à solicitação das instituições representativas do setor produtivo do estado, está agendada uma audiência pública para o dia 01 de março, próxima terça-feira, às 9h, na Sala da Comissão de Constituição e Justiça, na ALEP.

O evento marcado para o Auditório Legislativo atende a uma proposição conjunta da Comissão de Defesa do Consumidor, presidida pelo deputado Requião Filho (PMDB), e da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, presidida pelo deputado Marcio Pauliki (PDT).

Deputados Requião Filho (PMDB) e Marcio Paulik (PDT) / Foto: Pedro de Oliveira / Alep


Neste contexto, a Faciap – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná convoca todas as Associações integrantes do sistema a se fazerem presentes neste evento, para conhecer e defender o estado do Paraná, fortalecendo ainda mais a responsabilidade pelo desenvolvimento econômico.




Na região de Guarapuava a Cacicopar – Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais da Região Centro Oeste do Paraná, está organizando uma comitiva para acompanhar na Audiência Pública, na próxima terça-feira. É importante frisar que empreender vai além de cuidar bem da empresa da porta para dentro e o ambiente externo também determina o sucesso ou fracasso de um empreendimento. Por isto é extremamente necessário termos instituições atuantes e fortalecidas com a participação dos empresários. É neste momento que podemos mostrar para a classe política a nossa força de organização.

Muitas vezes costumamos reclamar dos políticos que elegemos, mas raramente acompanhamos o trabalho destes indivíduos. Esta é uma grande oportunidade de conhecermos o trabalho deles – literalmente no local de trabalho – e melhorar o nosso conhecimento sobre o que eles realmente podem fazer para melhorar este país.

Deixo aqui uma convocação para todos aqueles que se preocupam com o desenvolvimento deste estado para que procurem a Associação Comercial e Empresarial da sua cidade e compareça na próxima terça-feira na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Cacicopar – Um retrato do associativismo comercial e empresarial da região de Guarapuava



Por Felipe Brugg.

É consenso que fomentar o empreendedorismo é promover o desenvolvimento regional. E qualquer ação neste sentido passa pela organização da classe empreendedora através de entidades associativas. Então podemos concluir que fomentar o associativismo, neste caso, também é promover o desenvolvimento regional. O associativismo comercial atua através da ação de empreendedores que além das atividades em seus próprios empreendimentos, dedicam parte do seu tempo e recursos às instituições, de forma voluntária. O voluntariado é o grande diferencial do sistema das Associações Comerciais no Brasil.

A promoção do desenvolvimento regional faz parte do DNA do sistema associativista por todo o país. As entidades que compõem o sistema, na prática, são verdadeiras agências de desenvolvimento local, pois todas as atividades desenvolvidas buscam este objetivo.

Na atualidade o sistema associativista comercial brasileiro atua em três áreas estratégicas:

1. Promoção da cultura associativista mediante a mobilização e integração dos empresários;

2. Prestação de serviços que contribuam para o desenvolvimento das empresas associadas e a sustentabilidade da entidade; e,

3. Articulação de ambiente empresarial favorável para alavancagem da economia local, com reflexos positivos em todos os setores produtivos locais.

Linhas de atuação das associações comerciais modernas

Ninguém nega que uma das características fundamentais do processo de desenvolvimento é o trabalho coletivo. Nenhum indivíduo consegue promover o desenvolvimento regional atuando isoladamente, e esta premissa também vale para as instituições. É necessária a ação conjunta e articulada entre sociedade civil organizada, poder público e dos indivíduos para obter o sucesso quando o assunto é desenvolvimento regional – econômico e social.

 "Atrás de um homem competente há sempre outros homens".Provérbio Chinês


O sistema associativista comercial brasileiro é organizado, através de uma entidade máxima, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) que é formada por 27 federações, representantes de cada um dos estados, e estas agregam 2.300 associações comerciais e empresariais que associam por adesão voluntária mais de dois milhões de empresários em todo o país, pessoas jurídicas e físicas, de todos os setores da economia, ou seja, é uma organização sem fins lucrativos e multissetorial. Com associações comerciais atuantes em mais de dois mil municípios, o sistema CACB é uma das organizações brasileiras com maior capilaridade.

Cacb

No âmbito do estado do Paraná, fundada em 1959, atua a Faciap – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná que representa hoje 290 associações comerciais e um universo de mais de 50 mil empresas em todo o Estado. A entidade é uma das maiores instituições do sistema no Brasil, com atuação em 75% dos municípios paranaenses.


Regionalmente, a Faciap atua junto às Associações Comerciais do estado através de 12 coordenadorias e uma delas, fundada em 1992, é a Cacicopar – Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Centro Oeste do Paraná, atualmente integrada por 16 associações sediadas na região de Guarapuava.

A Cacicopar tem por objetivo a promoção de ações voltadas ao fortalecimento de cada uma das ACE’s filiadas, assim como proceder ao esforço integrado para o desenvolvimento harmônico regional.

A coordenadoria é uma entidade extremamente importante para a região central do Paraná, devido à necessidade de combater os já exaustivamente comentados baixos índices de desenvolvimento, caraterísticos da região. O sistema associativista utiliza uma metodologia de avaliação das Associações Comerciais – que classifica as entidades em “Incipiente”, em “Desenvolvimento” ou “Desenvolvida” e, na região de Guarapuava, o cenário econômico também afeta as entidades atuantes neste território, pois a maioria é classificada como “Incipiente” ou em “Em Desenvolvimento” na avaliação da Faciap.

É através da Cacicopar e trabalhando em conjunto, que as 16 associações comerciais tratam dos seus problemas em comum. Mas ainda será necessário trilhar um longo caminho para que todos os associados e diretores de associações comerciais compreendam o quão importante é a Cacicopar para as ACE’s locais.

Ontem (19/02) à noite, ocorreu em Guarapuava, na Rureco, a Assembleia Geral Ordinária e a eleição da nova Diretoria Executiva da Cacicopar para o biênio 2016/2018. O evento contou com a participação de representantes das associações filiadas. A diretoria anterior fez a prestação de contas da gestão 2014/2016 apresentando o relatório financeiro e as atividades desenvolvidas no período.

Na sequência, foi realizada por aclamação, a eleição e posse da nova Diretoria Executiva para o biênio 2016/2018, composta por chapa única. A diretoria eleita é integrada por representantes de 100% das associações comerciais filiadas à Cacicopar.


Nos últimos anos, a Cacicopar é apontada com uma das instituições que mais cresceram dentro do sistema Faciap. Tanto em representatividade quanto em ações.

Este crescimento é fruto do trabalho em equipe de vários diretores que passaram pela instituição. Foi uma escalada em que cada participante fez o trabalho de entregar a instituição num nível superior daquele em que recebeu da gestão anterior. Todos foram importantes para chegar ao que a Cacicopar é hoje: uma instituição respeitada no meio em que atua.

No decorrer de qualquer processo de crescimento, é normal que algumas situações de mudanças ocorram. As mudanças de rumos são naturais e necessárias para o desenvolvimento. Desde a fundação, em 1992, a Cacicopar sempre foi presidida por empreendedores oriundos da cidade polo, Guarapuava. Exceto numa gestão em que o cargo foi ocupado por um representante do município de Pinhão, uma cidade de médio porte.

"É impossível progredir sem mudança, e aqueles que não mudam suas mentes não podem mudar nada."George Bernard

Neste sentido, a última gestão foi marcada por uma alteração importante na condução da gestão da Cacicopar, quando um ex-presidente oriundo de uma associação comercial de pequeno porte assumiu o cargo máximo da gestão da instituição. Foi a cidade de Turvo que assumiu os riscos desta decisão através do apoio ao associativista Neuro João Battistelli, um ex-presidente da ACET – Associação Comercial e Empresarial de Turvo, para presidir a Cacicopar entre 2014 e 2016.

Desde então, a Cacicopar iniciou uma nova rota para a entidade trilhar. Com o apoio das demais associações dos municípios da região, aumentou exponencialmente a participação da diretoria em todas as atividades desenvolvidas. De uma entidade que até então realizava reuniões esporádicas com 2 a 4 participantes em média, até 2012, chegou a fazer eventos com mais de 100 lideranças presentes. De uma entidade centrada na figura do presidente da ocasião, a Cacicopar passou a mostrar a força de um grupo de pessoas unidas por um objetivo comum.

Alguns céticos que duvidaram do poder da região junto à Cacicopar, hoje percebem que as associações comerciais, por menores que sejam, quando lutam em conjunto, podem vencer os grandes desafios. Num dos momentos mais emblemáticos da última gestão, em que lideranças da maior ACE da região, demonstraram menosprezo à entidade regional, foi necessário ter coragem para, ao contrário do que indica o bom senso, mudar a sede da Cacicopar da cidade polo para a cidade de Turvo, com uma população 10 vezes menor. Mas associativistas de todas as ACEs da região, incluindo integrantes da cidade de Guarapuava, se uniram e fizeram a diferença. E os resultados estão aí para quem quiser ver.

 "Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado."
Albert Einstein


Nos últimos anos a Cacicopar realizou dezenas de reuniões itinerantes por todos os municípios sede de associações filiadas. Foram debatidos diversos projetos para o desenvolvimento da região junto com as lideranças de outros setores, incluindo prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e vereadores. Foram realizados os Fóruns de Desenvolvimento Regional. Muitas viagens e treinamentos para as lideranças do sistema foram uma constante neste período. Já as ACE’s contaram com atividades de apoio à melhoria da gestão através do Programa Capacitar, da Faciap. Através do fomento da Cacicopar, foram criadas duas novas associações comerciais, em Boa Ventura de São Roque e em Foz do Jordão.

A nova gestão tem o papel de consolidar os trabalhos já iniciados pela Cacicopar e com certeza terá sucesso nesta empreitada, pois manteve praticamente o mesmo quadro anterior, com exceção do cargo de presidente, que agora será liderada pelo associativista Marco Aurélio Borges, de Guarapuava.

"A melhor forma de prever o futuro é criá-lo."
Peter Druker

Àqueles que sentem a necessidade de mudanças para a região do centro do Paraná fica o convite para que participem das instituições dos seus municípios. Seja a Associação Comercial ou de outro segmento, não importa. Muitas vezes sobram pessoas para avaliar e apontar o que precisa ser feito, mas faltam pessoas para executar. O grupo que hoje está conduzindo a Cacicopar tem consciência que a jornada apenas iniciou e que um longo caminho está pela frente. Quem quiser, pode se juntar a este grupo.



sábado, 13 de fevereiro de 2016

Em 2015, Turvo gerou mais empregos do que Guarapuava segundo o MTE

Uma das reclamações mais frequentes de residentes em cidades do porte de Turvo é a disponibilidade de empregos. A maioria das pessoas que deixam as cidades da região central do Paraná, dizem que o principal motivo para sair da sua cidade é a falta de opção de trabalho. Por isto, este tema é de extrema importância quando pensamos sobre o desenvolvimento regional. O mercado de trabalho representa a face mais visível dos desafios que as lideranças da sociedade civil organizada e setor público precisam enfrentar no planejamento de políticas públicas.

Neste momento, o Brasil vivencia uma das maiores crises na geração de empregos segundo informações do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, encerrando 2015 com 1,542 milhão de vagas formais perdidas sendo o pior resultado desde 2002, início da série histórica. Para o estado do Paraná, o resultado não foi diferente, encerrou com uma redução 75.548 vagas, porém com um destaque para a agropecuária que fechou o ano com um saldo positivo de 3.067 postos de trabalho criados. Os dados confirmam que a atual crise está afetando de forma diferente os diversos setores da economia e como o município de Turvo está mais ligado ao agronegócio, os sinais de crise também são diferentes daqueles apresentados em outras regiões.

Através da mesma pesquisa obtemos as informações sobre a geração de empregos formais em Turvo desde 2002 até 2015. Tivemos saldo negativo na geração de empregos em três anos da série – 2006, 2012 e 2014 – e o melhor resultado ocorreu no ano de 2002, com um saldo positivo de 209 novos postos de trabalho. Considerando todo o período da série histórica, o saldo acumulado de empregos formais em Turvo soma 805 vagas criadas. Mas o resultado mais surpreendente ocorreu em 2015, pois ao contrário do que ocorreu no Brasil e no Paraná, nosso município apresentou um saldo positivo de 97 novos postos de trabalho com carteira registrada. Superando até mesmo a cidade vizinha Guarapuava, que no mesmo ano encerrou com um saldo de 144 vagas perdidas.

Fonte: MTE - Ministério do Emprego e Trabalho

Se por um lado faltam vagas para os trabalhadores locais, por outro, há empresários que reclamam da falta de trabalhadores com o perfil adequado para as vagas oferecidas. Este problema é normal em cidade pequena, pois a quantidade total de trabalhadores é limitada e nem todos terão perfil adequado para preencher todas as vagas oferecidas. Podem sobrar vendedores e faltar mecânicos, por exemplo. A solução para este problema está no mercado de trabalho da região e, no caso de Turvo, vários habitantes trabalham nos municípios vizinhos, como Boa Ventura de São Roque e Guarapuava e, por outro lado, a cidade emprega trabalhadores residentes em outras cidades. Este ajuste é normal e benéfico para o município.

É impossível propor ações para promover o desenvolvimento da região, sem pensar sobre soluções que aumentem a oferta de empregos. As políticas públicas têm esta função. A educação é uma das áreas de ação direta do setor público e o município de Turvo melhorou muito neste setor, com muitos habitantes acessando o ensino superior. Outra opção é a geração de empregos pelo próprio setor público que em cidade pequena tem uma importância ainda maior apesar da limitação orçamentária para esta ação, agravada com a crise fiscal do setor público em curso neste momento por todo o país. Desta forma, restam opções de ações com resultados indiretos sobre o nível de emprego.

Neste sentido, o empreendedorismo é frequentemente apontado como um verdadeiro motor para o desenvolvimento. Um empreendedor ao montar um negócio, deixa da procura por emprego e, de quebra, ainda pode gerar novas vagas no mercado de trabalho. Para isto o setor público pode em parceria com a sociedade civil organizada, buscar oferecer melhorias no ambiente econômico como forma de incentivar a geração de novos negócios no município. Vale ressaltar que nos tempos atuais dificilmente cidades menores conseguirão atrair grandes indústrias e o caminho é apoiar micro e pequenas empresas e a agropecuária.

Dentre as opções de atuação podem ser citadas: a estruturação de distritos industriais; capacitação da mão de obra; colocar em prática os benefícios previstos na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para dar tratamento diferenciado às empresas locais em licitações do poder público; formação para empreendedores; incentivos à agroindustrialização; desburocratização para legalização de empresas; redução de impostos; melhoria da infraestrutura; dentre outras.

Na prática, as políticas públicas acabam se tornando simples de executar. Não podemos confundir incentivos às empresas com a manutenção, através de recursos públicos, de projetos que seriam insustentáveis por conta própria. Outra opção é reduzir a atuação governamental em todas as ações que são possíveis de execução pela iniciativa privada. Neste sentido, a atuação estatal é mais ampla, e deve focar os investimentos que realmente façam a diferença para o crescimento do empreendedorismo e, por consequência, para a geração de empregos.

Use o espaço abaixo para deixar seu comentário. Fique à vontade para contar se concorda, discorda ou se tem alguma opinião diferente da minha sobre este assunto.



domingo, 7 de fevereiro de 2016

Quantos habitantes seriam ideais para o Turvo?



Mais da metade da população mundial já reside em áreas urbanas e ao pensar sobre o futuro de um município, uma das primeiras questões que precisam ser debatidas, é o tamanho da cidade. Alguns questionam sobre “a partir de quantos habitantes uma cidade se torna viável”, e “qual é o impacto que um crescimento populacional descontrolado causa nas finanças públicas”. Mas a verdade é que quanto menor o tamanho da população, maior é o desafio para promover o desenvolvimento humano.

Estudos do IPARDES apontam que, mantidas as tendências dos últimos anos, em 2030 a população do Paraná estará ainda mais concentrada (44% do total) no entorno de três grandes cidades – Curitiba, Londrina e Maringá – e ocorrerá um esvaziamento da maioria dos municípios pequenos. Muitos pesquisadores da área estudam soluções para os problemas das grandes metrópoles e, apesar da importância do tema quando envolve os pequenos aglomerados humanos, é preocupante constatar o silêncio brasileiro em torno dele. Por outro lado, através da organização e de planejamento, é possível encontrar caminhos para o desenvolvimento – e o tamanho populacional não é um impedimento para uma cidade se desenvolver, como nos mostra o exemplo de Quatro Pontes, no Oeste do Paraná.

Nos pequenos municípios do país a economia local, na grande maioria, é dependente dos recursos públicos e alguns especialistas apontam que o melhor seria promover a fusão destes com outros maiores. Mas algumas cidades pequenas conseguem através da agricultura, pecuária, turismo, ou indústrias, prover uma renda relativamente elevada para seus munícipes – por exemplo, a cidade Santa Rita do Trivelato, no Mato Grosso.
Fonte: IBGE
Em Turvo, em 1991 havia 14.146 habitantes, chegando a 14.530 no ano de 2000, segundo o IBGE. Houve um crescimento populacional de 2,71% no período. Por outro lado, em 2010 foram contados 13.811 habitantes, apresentando uma queda 4,94% na população, em uma década. Porém, municípios da região tiveram índices ainda maiores de esvaziamento populacional, como é o caso de Pitanga que tem praticamente o dobro da população de Turvo e que no mesmo período (2000 a 2010) teve uma perda de 9% da população.

A população total pode ter ter sido reduzida, mas é visível o crescimento da cidade de Turvo. Como a população rural era a maioria em todos os levantamentos do IBGE, podemos concluir que estão migrando da área rural para a sede do município. E qual é o tamanho ideal da população para Turvo? O que podemos fazer para interferir neste processo? A sociedade precisa debater para encontrar respostas a estas e outras questões.

O caminho para o desenvolvimento é toda e qualquer municipalidade descobrir a sua vocação – é fato que as cidades padecem deste entendimento, mas existem exemplos que mostram ser possível atingir patamares mais elevados de organização. Para Turvo, não é uma questão sem saída, temos uma agricultura familiar forte, pecuária desenvolvida, indústrias relevantes com um parque industrial já em operação, comércio diversificado, várias instituições da sociedade civil organizada em atividade e um alto potencial turístico no meio rural. Temos muitas possibilidades, e muito ainda pode ser feito para aproveitar as oportunidades que surgem.


E você, o que pensa sobre este assunto? Deixe seu comentário logo abaixo do post.


Leia também:

sábado, 30 de janeiro de 2016

Qual é a melhor opção para a rodovia PR 466: pedagiar ou federalizar?

O Paraná é a quarta maior economia do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por outro lado, a distribuição da riqueza no território estadual é muito desigual, e a região centro-oeste apresenta os piores índices de desenvolvimento humano do estado. É impossível pensar em melhorar este cenário sem passar pela análise dos investimentos públicos em infraestrutura e de que forma as lideranças da região podem reivindicar mais atenção aos problemas enfrentados. São justamente as regiões mais desenvolvidas que recebem mais investimentos públicos, colaborando ainda mais para a permanência desta desigualdade.

O movimento associativista comercial da região está participando ativamente nas discussões relacionadas aos investimentos públicos em infraestrutura, como: definição do traçado da Ferrovia Norte-Sul; duplicação da Rodovia 277; manutenção, construção e renovação ou novas concessões para os pedágios das rodovias em território paranaense; e, aeroporto regional em Guarapuava. Entende-se que para ser mais eficiente nas reivindicações é necessário conhecer com mais abrangência os trâmites burocráticos, limites orçamentários, e poder de articulação política que influenciam as decisões governamentais sobre tais investimentos.

Foi com o objetivo de levantar este debate que a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Centro-Oeste do Paraná (Cacicopar), em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Turvo (ACET), realizou em julho do ano passado, o V Fórum Empresarial de Desenvolvimento Regional no Paraná, na cidade de Turvo. Neste evento, foi convidado, através do intermédio da Senadora Gleisi Hoffmann, um representante do DNIT para esclarecer as dúvidas das lideranças da região referentes aos temas abordados. Participaram membros das entidades da sociedade civil organizada, vereadores, prefeitos e vice-prefeitos da região.

A população de Turvo conhece muito bem os problemas enfrentados na Rodovia PR 466, basta ver a quantidade de notícias de acidentes publicadas aqui no Blog do Elói. Destacam-se excesso de veículos transitando, falta de terceiras faixas, mau estado de conservação, falta de sinalização adequada, dentre outros. Entre as possíveis soluções para os problemas da PR 466, o Fórum (você pode baixar o Documento Final do Fórum aqui) destacou duas opções: privatizar e implantar pedágios ou o estado do Paraná repassa a rodovia para a União, federalizando a manutenção da mesma. O maior problema do estado é a extensão da malha viária e a impossibilidade orçamentária de manter todas as rodovias em boas condições de tráfego.

A opção de federalizar pode melhorar a conservação da rodovia, considerando que os investimentos do DNIT são realizados com materiais de melhor qualidade. Quanto à opção de pedagiar, permitiria além da conservação, uma possível duplicação da rodovia, dependendo do modelo a ser adotado. Portanto, é muito importante debater com a sociedade qual caminho deve ser seguido quando o assunto é a rodovia PR 466.

E você, o que pensa sobre este assunto? Contribua para o debate deixando um comentário no final deste post.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Evasão de compras para Guarapuava: o que os empresários de Turvo podem fazer?



Nesta semana a ACIG (Associação Comercial de Guarapuava) divulgou uma pesquisa em que conclui que a cidade de Guarapuava se confirmou como polo regional, pois “84% dos (empresários) entrevistados informaram ter recebido consumidores de outras cidades. Pinhão, Curitiba, Candói, Pitanga, Prudentópolis e Turvo foram as cidades mais citadas pelos lojistas”. Esta matéria reavivou um antigo debate entre os comerciantes de Turvo: o que fazer para competir com o comércio das cidades maiores mais próximas?

Antes de entrar diretamente na discussão do problema da concorrência com cidades maiores, vamos fazer uma breve análise da função do terceiro setor – comércio e serviços – para um município: conceitualmente pode-se afirmar que é “satisfazer as demandas por consumo da população deste território”. Mas o tamanho da população e a renda influenciam diretamente na viabilidade econômica de negócios montados para esta finalidade, o que quer dizer que, nem todas as demandas da população turvense poderão ser supridas por empresas locais. Pois qualquer negócio precisa de um volume mínimo de vendas para gerar margem suficiente, cobrir seus custos fixos e, ainda dar lucro para remunerar o capital investido. O que cabe aos empresários locais que pretendam atender à população de Turvo é identificar os setores que são viáveis para atuarem.

Por outro lado, é evidente a necessidade de execução de ações para enfrentar este cenário. E é nisto que está o maior desafio para Turvo, pois Guarapuava, uma cidade de médio porte que sempre foi caraterizada por ser lenta no desenvolvimento, dá sinais que despertou. A diversificação de negócios é visível, com a construção de shoppings, instalação de grandes redes de lojas de departamentos – como Havan e Americanas, por exemplo –, programas da prefeitura para incentivo ao empreendedorismo, tudo isto potencializado pelo fato de já ser a maior cidade da região com opção barata de transporte intermunicipal. É mais barato viajar de ônibus intermunicipal de Turvo a Guarapuava, do que pagar uma passagem de ônibus urbano do centro para um bairro, dentro de Guarapuava. Vale lembrar que Turvo também sofre concorrência de Pitanga, que se caracteriza como polo na sua região. Por último, existe um grande concorrente para todas as cidades da região: o comércio pela internet.

Diante deste cenário, os empresários de Turvo têm duas opções: enfrentam esta situação ou desistem do setor, e entram para o grupo daqueles que só reclamam. Para aqueles que decidem pelo enfrentamento, vamos ver o lado positivo do município. Apesar da concorrência forte, é visível a força do comércio de Turvo, quando comparado com outras cidades de mesmo porte na região. É bem diversificado, e temos várias empresas que inclusive estão expandindo para outras cidades. A concorrência com Guarapuava exige que as empresas turvenses estejam em aperfeiçoamento contínuo, basta observar o visual das lojas. Passa por Turvo a Rodovia PR 466, que possui bom potencial para negócios ainda pouco explorados pelos empresários locais. A maioria da população reside na área rural, e a tendência é que prefiram comprar em Turvo, devido ao custo do deslocamento. Os consumidores podem aceitar uma leve diferença de preços para ter o produto ou serviço à sua disposição em Turvo.

O mesmo fator que impede a manutenção de certos negócios em Turvo, devido ao baixo volume de vendas, é positivo quando é viabilizado em Guarapuava. Como um exemplo, pode ser citada a oferta de cursos universitários. É muito cara a manutenção de uma estrutura física para uma universidade, mas atuando regionalmente se torna viável. É mais barato para um município subsidiar o transporte diário para os alunos estudarem em Guarapuava, do que bancar uma estrutura dentro de Turvo, com a mesma diversificação de cursos escolhidos por estes estudantes. Através da cidade polo conseguimos formar melhor a mão de obra, possibilitando melhoria do capital social do município. Também existem ramos de negócios em que é possível montar empreendimentos que podem atender às demandas de Turvo e também, os mercados das cidades ao redor. Por exemplo, existem agricultores da região do Ivaí – que residem a 50 km da sede, que abandonaram o plantio de feijão e milho para produzirem mandioca, processarem e venderem (congelada) em supermercados de Guarapuava. Neste sentido, o crescimento de Guarapuava pode ser bom para os empresários de Turvo. Por outro lado, a própria internet pode ser utilizada para exportar produtos e serviços de Turvo, deixando de ser uma ameaça para ser uma oportunidade para os empreendedores locais.

Enfim, muitas ações podem ser executadas para melhorar a competitividade da cidade de Turvo e, todas elas passam pela organização coletiva dos empresários. Participar ativamente na organização da ACET – Associação Comercial de Turvo é uma delas. As associações podem, além das tradicionais campanhas de incentivo ao comércio local de final de ano e dia das mães, inovar e fazer mais ações coletivas para chamar a atenção dos consumidores locais e de outras cidades. Fortalecer o municipalismo pode ser a ação que melhor impacta o comércio local. É necessário estudar mais a fundo as razões que levam as pessoas daqui para outros lugares, pois apesar da desculpa normalmente ser preços mais baixos, a verdade é que outros fatores são ainda mais atrativos. Tais como diversidade de opções de produtos e lojas e, a própria viagem que se torna um evento familiar. É necessário pensar sobre todo o contexto e analisar as possibilidades de oferecer estas opções de experiências aos turvenses, em Turvo.




Obs.: Se o assunto abordado neste artigo te interessa, fique à vontade para deixar seu comentário logo abaixo.
Publicidade