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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Marido suspeito de matar e assar esposa em churrasqueira volta para prisão



O metalúrgico aposentado Mauro Sampietri, 59 anos, suspeito de matar e assar partes do corpo da esposa na churrasqueira de casa, voltou para a prisão depois de passar meses em liberdade. Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriram o mandado de prisão preventiva na manhã desta quarta-feira (3), onde ele vivia com a esposa, no bairro Cajuru, em Curitiba. O corpo de Claudete Bohme Sampietri, também 59, foi encontrado sem a cabeça, braços e pernas no bairro Weissópolis, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, no dia 21 de janeiro do ano passado.

Mauro foi preso dois meses após a descoberta do corpo de Claudete. O advogado dele conseguiu habeas corpus para que ele respondesse em liberdade.

O pedido de prisão foi feito por meio da advogada da família sob argumentos de que Mauro não cumpria as determinações expedidas pela Justiça. Ele usava tornozeleira eletrônica, estava proibido de manter contato com pessoas ligadas ao inquérito, mas estava – inclusive – tentando contato com testemunhas do caso.

A família não tem dúvidas de que Mauro é o responsável pela morte de Claudete. Uma pessoa próxima à família disse à Banda B que o desfecho desses meses de terror será apenas em uma condenação. “A gente não tem dúvidas de nada, só precisamos que ele seja julgado e condenado. Pra nós está muito bem esclarecido, familiares, filhos, pessoas próximas. No começo ninguém quis acreditar em algo tão monstruoso, um crime tão horrível. Mas no decorrer do processo e de tudo que foi visto, as atitudes dele, a mudança de comportamento, as coisas na casa, a limpeza do carro, da casa, a indiferença ele em procurar a Claudete, quando todos imaginavam que ela estava desaparecida. Isso tudo fez com que a família não tivesse dúvidas”, esclareceu, em entrevista à Banda B.

Junto com perícias, coletas de materiais e outros, os familiares e os filhos do casal participaram dos trâmites de investigação. “Não existe uma outra pessoa, ele nega e todos imaginam que ele vai até o fim negando”, finalizou.

O desejo de Claudete foi acatado pelos filhos e as partes do corpo encontradas na região metropolitana foram sepultadas em Campinas (SP), cidade natal da mãe.

Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra o momento em que Mauro sai de casa para o camburão da viatura da DHPP. De tornozeleira, ele ainda vivia na mesma casa em que teria assassinado a própria mulher.

Caso

O cartaz de desaparecimento de Claudete foi anunciado no dia 18 de janeiro pelo setor de Desaparecidos da DHPP. Três dias, em uma manhã de sábado, o corpo foi encontrado em um matagal. Quase dois meses depois, o Instituto Médico Legal (IML) confirmou, com exatidão, a identidade da vítima, assim como resultados de exame de DNA, fazendo com que o marido fosse preso horas depois.

Os dois eram casados há cerca de 30 anos, moravam no bairro Cajuru e tinham três filhos. Antes de supostamente desaparecer, Claudete viajou para a cidade da família e falou sobre a intenção de se separar. Desde que foi preso, a família está em choque, mas encontrou forças para fazer denúncias graves sobre Mauro, que o levam a outra cena de crime, em 1997. Sem provas e com investigação prejudicada, houve suspeita de que ele tivesse envolvimento com o assassinato dos pais.

Evidências

Para a DHPP, além de provas periciais, depoimentos de pessoas próximas foram cruciais para a prisão de Mauro, ainda no ano passado. Entre as anexados nos autos, está a oitiva da empregada do casal que detalhou o uso da churrasqueira, um dia após o sumiço de Claudete. “Cheiro forte, muito diferente”, disse. Segundo fontes da Banda B, o homem nega que tenha participação na morte da esposa.

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