Documentário histórico do Quilombo de Turvo estreia neste Dia da Consciência Negra

Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, está sendo lançado o documentário “Cultura e Resistência de um Quilombo Vivo”, uma produção realizada na Comunidade Quilombola Campina dos Morenos, localizada no município de Turvo, centro do Paraná. A obra registra e valoriza a história, a cultura e a memória de uma das comunidades quilombolas mais antigas da região.

Fundada há mais de dois séculos por pessoas escravizadas que fugiram das fazendas de Guarapuava, a Campina dos Morenos preserva até hoje suas tradições, seus saberes e seus espaços sagrados. Entre eles estão o Olho d’Água de São João Batista, a Capela de São Martinho, o Poço das Lavadeiras e o histórico Carreiro da Visagem, locais que guardam vivências e simbolismos fundamentais para a identidade da comunidade.

O documentário foi produzido a partir de entrevistas com moradores de todas as idades – desde os mais velhos, guardiões da memória e das narrativas ancestrais, até jovens e crianças, que compartilharam suas percepções e vivências contemporâneas. Os depoimentos abordam temas como a origem da comunidade, o modo de vida quilombola, as lutas históricas e o papel da cultura na resistência ao longo das gerações.

A produção foi organizada em diferentes blocos temáticos, que apresentam tanto a história da comunidade quanto seus locais de memória e tradições cotidianas. Nesta data especial, está sendo divulgada a primeira parte do material, dedicada à história da Campina dos Morenos, com destaque para o surgimento da comunidade no período da escravidão e o fortalecimento de sua identidade ao longo do tempo.

De acordo com os realizadores do projeto, ao longo das próximas semanas serão publicadas outras partes do documentário, cada uma destacando uma temática específica. Em seguida, o material completo será disponibilizado ao público, reunindo todas as entrevistas e conteúdos produzidos.

A escolha do Dia da Consciência Negra para o lançamento reforça o compromisso da produção com a valorização da cultura afro-brasileira e com o reconhecimento das comunidades quilombolas como guardiãs de memória, luta e resistência no país.

O documentário “Cultura e Resistência de um Quilombo Vivo” se apresenta como um importante registro histórico e cultural, contribuindo para ampliar a visibilidade da Campina dos Morenos e fortalecer o diálogo sobre identidade, ancestralidade e direitos das populações quilombolas no Brasil.

DIREÇÃO

Silvia da Luz Mendes Tractz

Lindamar de Fátima Rodrigues

PRODUÇÃO

Mauricio Grando Pilati

Verediane Galvão Fonseca

ENTREVISTADOS

Ana Maria de Miranda

Joel Rodrigues

Lindamar de Fátima Rodrigues

Marcelo de Miranda

Maria Aparecida (Cida)

Maria da Glória

Rosilda do Rosário Rodrigues

Silvia da Luz Mendes Tractz

Assista no link abaixo a 1ª parte do documentário:

https://www.facebook.com/watch/?v=2042603983245070


Fonte e fotos: Maurício Pilati

Faleceu Lile Matos Dias

É com pesar que a Funerária São Roque comunica o falecimento de Lile Matos Dias.

Ela faleceu na manhã desta quinta-feira (20/11), em sua residência, em Boa Ventura de São Roque.

O velório está sendo realizado na Capela Municipal de Boa Ventura de São Roque.

O sepultamento ocorrerá a partir das 08h00 desta sexta-feira.

Ídolos do futebol paranaense se unem em campo para ajudar Rio Bonito do Iguaçu

Esperança e Solidariedade. Os nomes dos dois times que entraram em campo nesta quarta-feira (19) na Arena da Baixada, em Curitiba, já demonstram o caráter do jogo solidário “Bola pra Frente”. A partida foi promovida pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para arrecadar recursos para a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, com a participação de jogadores que fizeram história com as camisas do Coritiba, Athletico e Paraná Clube. A partida terminou empatada em 8 a 8, mas o que mais importou foi a solidariedade da torcida e de todos os envolvidos.

O valor arrecadado no jogo, que totalizou R$ 40 mil, será revertido integralmente ao Fundo Estadual de Calamidades Públicas (FECAP) da Defesa Civil do Paraná, para auxiliar na reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu e no apoio às famílias afetadas pela tragédia. No momento, as principais necessidades do município são relativas à contratação de mão de obra e à compra de material de construção.

Para o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, o poder público e a sociedade paranaense têm demonstrado união e solidariedade para ajudar a cidade. “Fico muito feliz com essa grande solidariedade do povo paranaense. A Assembleia, o Governo do Estado, a iniciativa privada e a própria sociedade têm agido muito rápido na recuperação e reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu”, disse.

Grandes ídolos das torcidas dos maiores clubes paranaenses participaram da partida, como o zagueiro Nem, o volante Cocito, o meia Adriano Gabiru e o lateral Rogério Souza, campeões brasileiros pelo Athletico em 2001; o defensor Marcão, o lateral Renan Lodi, os meio-campistas Fernandinho e Jadson e o atacante Dagoberto, que também passaram pelo Rubro-Negro; o meia-atacante Dinélson e o atacante Rodrigo Pimpão, ídolos da torcida do Paraná Clube; o meio-campista e atualmente treinador Tcheco e o centroavante Marcelo Lipatin, que brilharam no Coritiba; o meia Marlos, que jogou na dupla Atletiba; e o artilheiro Renaldo, que defendeu as cores dos três grandes clubes da capital.

O ídolo athleticano Fernandinho voltou a jogar na Baixada por essa boa causa. “Nada melhor do que reunir alguns ex-atletas da cidade e do Estado para levar um pouco de alegria e reconstruir a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, que foi devastada por essa tragédia”, disse.

“Me sinto feliz por poder estar fazendo parte desta ação solidária, porque nós temos a obrigação de ajudar o próximo. Apesar da tristeza com o que aconteceu, fico contente por estar aqui para poder ajudar a reconstruir uma cidade”, afirmou Marlos.

Dagoberto, que também voltou ao estádio onde se consagrou, destacou a importância da iniciativa. “Tinha saudades demais daqui, o coração bateu forte. Eu não gosto mais de jogar, mas aceitei de prontidão participar dessa partida por causa da iniciativa. Acho que ajudar a população que sofreu com esse desastre é o mínimo que a gente pode fazer”, disse.

FUNDO DE CALAMIDADES – Criado em 2023 para dar uma resposta mais rápida aos municípios afetados por desastres no Paraná, o FECAP tem como finalidade custear, no todo ou em parte, ações de resposta e de recuperação de áreas atingidas por desastres que tiverem a situação de emergência ou o estado de calamidade pública reconhecidos.

Dois dias após um tornado atingir Rio Bonito do Iguaçu, no dia 7 de novembro, a Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o projeto de lei do Governo do Estado para alterar as regras de repasse do fundo, permitindo apoiar diretamente as famílias afetadas.

O governo também fez um aporte de R$ 50 milhões no fundo para atender a cidade, que teve 90% da área urbana afetada. Uma semana antes, o governo já tinha colocado outros R$ 50 milhões do Tesouro do Estado para dar uma resposta a outras cidades que tiveram ocorrências de vendavais, enxurradas e granizo.

Em Rio Bonito do Iguaçu, o Fundo de Calamidades vai financiar as ações de reconstrução da cidade, incluindo as medidas já anunciadas pelo Governo do Estado, como o repasse de até R$ 50 mil por família para reerguer suas casas.

O Governo do Estado também criou a campanha “O Paraná Abraça Rio Bonito do Iguaçu”, tanto para o cadastro de voluntários para auxiliar na reconstrução do município, como para arrecadar doações. É possível doar qualquer valor ao Fecap através da Chave PIX/CNPJ: 52.807.487/0001-12.