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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Agricultura divulga estimativa das culturas de segunda safra



O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura, divulgou a primeira estimativa das culturas de segunda safra 2018/19. Os principais destaques são as culturas do milho, do feijão e da batata, que tiveram aumento na estimativa de produção, na comparação com a safra 17/18.

A falta de chuvas e as altas temperaturas das últimas semanas repercutiram na análise da primeira safra, também divulgada pelo Deral, e geraram uma reavaliação do potencial produtivo no Estado.

MILHO SEGUNDA SAFRA – A primeira estimativa de área para o milho na segunda safra aponta para um crescimento de 4% na área plantada. A expectativa inicial é de uma área de aproximadamente 2,2 milhões de hectares na safra 18/19. Na safra anterior, foram cultivados 2,1 milhões de hectares.

A produção esperada é de 12,6 milhões de toneladas. Este volume representa um aumento de 38% se comparado à safra 17/18, que foi duramente castigada pelo clima. “O cenário ainda apresenta incerteza, podendo haver aumento ou redução nesta projeção, pois fatores climáticos e comerciais ainda podem interferir na decisão de plantio”, diz o técnico do Deral, Edmar Gervásio.

A produção média por hectare inicialmente prevista é de 5.787 kg/ha, mas o intervalo de produção esperado para o Paraná fica entre 5.390 kg/ha a 6.190 kg/ha.

A produção de milho de segunda safra concentra-se nas regiões Norte e Oeste, que representam aproximadamente 71% do total.

Com relação aos preços, a saca de 60 kg, que no fim do ano passado era comercializada a R$ 23,00, neste ano chegou a R$ 28,00, crescimento de 22% no período, ocasionado principalmente pela quebra de safra tanto no Paraná como em outras regiões produtoras brasileiras. Outro fator que contribuiu decisivamente para o aumento nas cotações foi a situação favorável do câmbio.

FEIJÃO SEGUNDA SAFRA – As primeiras estimativas de intenção de plantio indicam que haverá redução de 16% na área plantada no ciclo 2018/19. No ano anterior foram colhidos 214 mil hectares. A estimativa para este ciclo é de que sejam semeados cerca de 180 mil hectares. A redução mais significativa foi registrada na região de Pato Branco. “De maneira geral, isso se explica pelo fato de muitos agricultores terem feito a opção pelo plantio do milho, que traz maior retorno financeiro, pelos bons preços”, explica o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador.

A produção na safra 17/18 foi de 281,5 mil toneladas, e na safra 18/19 cresceu 22%, chegando a 344,6 mil toneladas. O valor do feijão cores aumentou 32%. No ano passado, era comercializado a R$ 82,00, e em dezembro de 2018 a saca de 60 kg é comercializada a R$ 108,00.

BATATA – A cultura recuperou a produtividade. A área de plantio teve uma redução de 13%, de 12.132 hectares na safra 17/18 para 10.610 hectares na safra 18/19. O rendimento desta cultura na safra 17/18 era de 25.710 kg/ha, enquanto que na safra 18/19 passou para 30.122 kg/ha, um aumento de 17%. A produção estimada, que era de 312 mil toneladas na safra 17/18, subiu 2% nesta safra, chegando a 319,5 mil toneladas.

SOJA PRIMEIRA SAFRA – Os técnicos de campo do Deral estão reavaliando o potencial produtivo da soja de primeira safra, devido ao forte calor e ao clima seco das últimas semanas. Estima-se, com isso, uma redução no potencial produtivo.

A expectativa inicial de produção da primeira safra, que era de 19,7 milhões de toneladas, agora está em 19,1 milhões de toneladas. Segundo o chefe do Deral, Marcelo Garrido, o clima quente e seco fez com que principalmente as regiões Oeste, Noroeste, Centro-Oeste e Sudoeste do Estado concentrassem essa redução. “Nessas regiões, o plantio começou mais cedo, e o calor e a estiagem estão prejudicando o desenvolvimento do grão”, afirma.

De maneira geral, a redução estimada na avaliação do Deral é de 3%. As análises continuam nas próximas semanas, quando o quadro será mais especificado. A condição das lavouras está 3% ruim, 17% média e 80% boa.

MILHO PRIMEIRA SAFRA – Segundo o técnico responsável pela cultura no Deral, Edmar Gervásio, constatou-se uma piora nas condições da lavoura. “Entretanto, a perda contabilizada até o momento é de somente 16 mil toneladas ou 0,5% comparativamente ao esperado”, diz. A perda concentra-se na região sul, que tem mais de 67% da produção do Estado.

O cenário deste mês indica que haverá uma potencial perda com a evolução da safra, principalmente em razão do clima, mas ainda sem extensões ou números confirmados. A produção esperada segue próxima a 3,3 milhões de toneladas, um aumento de 11% comparativamente à safra anterior. Cerca de 85% das lavouras estão em boas condições, 14% em condições médias e 1% em condições ruins.

MANDIOCA – A mandioca da primeira safra foi colhida em sua totalidade. Os preços caíram em 2018. Neste mês, a tonelada está sendo comercializada entre R$ 330,00 e R$ 350,00, de acordo com o economista do Deral, Methodio Groxko.

No mesmo período de 2017, o preço pago ao produtor era de R$ 559,00. Houve redução de área de plantio em 2%, passando de 152.864 hectares na safra 17/18 para 150.475 na safra 18/19.

A estimativa de produção cresceu 6% se comparada à safra passada, e agora a expectativa é de 3,7 milhões de toneladas. Quando ao rendimento, a mandioca teve um aumento de 8%, de 22.771kg/ha na safra 17/18 para 24.535 na safra 18/19.

FEIJÃO PRIMEIRA SAFRA – Com 13% da área estimada já colhida, as análises de campo apontam para uma redução de 9% no potencial produtivo das lavouras de feijão na primeira safra. A falta de chuvas e as altas temperaturas das últimas semanas também afetaram as lavouras. “As condições ainda estão sendo avaliadas, e o avanço da colheita vai possibilitar melhores análises. Com a falta de chuvas, os grãos estão mais miúdos, e algumas vagens estão com falhas”, explica o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador.

A área do feijão na primeira safra 2018/19 reduziu 15% em comparação com o ciclo anterior. A área colhida no ano passado foi de 193,6 mil hectares, enquanto que na atual safra a área estimada é de aproximadamente 165 mil hectares.

Quanto à estimativa de produção, a redução foi de 10% na comparação com a safra anterior. Atualmente, a expectativa é de 297,4 mil toneladas. O rendimento, que na safra 17/18 era de 1.763 kg/ha, na atual safra é de 1.807 kg/ha, um aumento de 2%.

No fim do ano passado, a saca de 60 kg de feijão cores era comercializada a R$ 102,00. Neste ano, o preço está em R$ 107,00. O feijão preto, que em dezembro de 2017 valia R$ 122,00 a saca de 60 kg, em dezembro de 2018 está sendo comercializado a R$ 116,00 a saca. Quanto à condição das lavouras, 52% tem condição boa, 17% média e 3% estão em condições ruins.

Fonte: AEN

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