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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Governo determina correção de edital da PM que exige 'masculinidade'


O Governo do Paraná determinou, nesta segunda-feira (13), a “urgente correção dos termos do edital aberto pela Polícia Militar do Paraná para o concurso do curso de oficiais da corporação”. Segundo a nota, não é admitida “qualquer postura discriminatória nos atos das instituições de Estado”.

O edital foi preparado para o concurso para cadetes da Polícia Militar do Paraná (PMPR) e causou polêmica após alguns pontos exigirem ‘masculinidade’ dos candidatos.

Segundo o edital, o candidato deve apresentar diminuída a emotividade, apresentada como “expressão de vibrações, choques ou comoções interiores das funções psicológicas e fisiológicas”. Além disso, a amabilidade dos candidatos deve ser baixa. Esta característica é descrita como a “capacidade de expressar-se com atenção, compreensão e empatia às demais pessoas, buscando ser agradável, observando as opiniões alheias, agindo com educação e importando-se com suas necessidades”.

Outro ponto é o que prevê que o indivíduo não deve “se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não se emocionar facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor” e a exigência de baixa empatia, “habilidade do indivíduo em ser empático, prestativo, generoso e altruísta”.

Nota da PM

A Polícia Militar do Paraná em nenhum momento tem adotado posturas sexistas, discriminatórias e machistas. A corporação destaca que depois de 164 anos de instituição têm uma mulher no comando da corporação, o que mostra a postura da PM em não fazer diferenciação de gêneros.

A corporação informa também que entrou em contato com o autor do instrumento psicológico adotado, o Dr. Psicólogo Flávio Rodrigues Costa, o qual esclarece que a testagem, questionada na matéria jornalística, não tem conotação de diferenciação de gênero, sexo ou qualquer forma discriminatória.

O autor lembrou ainda à PM, que o teste foi aprovado e validado pela comissão que avalia os instrumentos de avaliação existentes no mercado. O autor reforçou também que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) jamais validaria o teste caso ele fosse discriminatório e se não atendesse todos os requisitos de respeito à dignidade da pessoa humana. O autor informou ainda que o mesmo instrumento já foi utilizado em outras instituições de segurança pública.

Por fim, a Polícia Militar do Paraná esclarece que está promovendo o ajuste no termo que gerou a polêmica, para "enfrentamento", sem prejuízo à testagem psicológica necessária à definição do perfil profissiográfico exigido para o policial militar.

Fonte: Massa News

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