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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Operação desarticula grupo que vendia cocaína na Esplanada dos Ministérios


Um grupo acusado de vender drogas para servidores públicos foi preso na manhã desta terça-feira (6/2) na Operação Delivery, da Polícia Civil. A quadrilha mantinha um serviço de tele-entrega e possuía cerca de 50 clientes fixos. Eles telefonavam ou trocavam mensagens por celular com os traficantes, que entregavam a droga em frente aos edifícios. A quadrilha, segundo a corporação, fornecia, principalmente, cocaína em órgãos da administração pública, na Esplanada dos Ministérios. Os investigadores detiveram 23 acusados.

Segundo o delegado-chefe da 5ª Delegacia de Polícia Civil (Área Central), Rogério Henrique Oliveira, uma estagiária da Procuradoria Geral da República (PGR), também detida, passava informações que ajudavam os clientes a não serem descobertos "Ela dizia aos compradores como levar a droga para dentro dos órgãos sem ser percebido e como era melhor carregar pouca quantidade para não levantar suspeitas", explica. 

Os clientes, segundo Oliveira, são pessoas de alto poder aquisitivo. Entre os presos, há, inclusive, um assessor parlamentar de um deputado distrital de Sergipe, que não teve a identidade confirmada. "Até por isso, eles não achavam que seriam presos. Então, deixavam escapar as informações durantes as conversas, o que ajudou nas nossas investigações", comenta. A cocaína era vendida por R$ 40 o grama. O haxixe, por R$ 20. A polícia ainda não contabilizou quanto a quadrilha lucrava.

O delegado afirma, ainda, que alguns dos envolvidos participavam de outros crimes. Junto com um dos detidos, a Polícia Civil apreendeu uma farda falsificada da Polícia Militar, um revólver e até um cassetete com taser na ponta. 

Um ano de investigações 

As investigações começaram em fevereiro do ano passado.Os suspeitos foram localizados em diversas partes do Distrito Federal, a maioria na Vila Planalto. Houve também mandados de busca e apreensão de dinheiro e drogas. Até o momento, a Polícia Civil não finalizou o balanço do quantitativo.

Apesar do longo tempo de investigação, a Operação Delivery ainda está no início. A expectativa da Polícia Civil é de que novos desdobramentos surjam ao longo das ações.

Alvos são os traficantes 

Os policiais conduziram os detidos em celas separadas, duplas ou trios para a carceragem da 5ª DP, que coordena as investigações. Ao todo, 300 agentes de diversas delegacias participaram da ação. Por enquanto, a Operação Delivery tem como alvo somente os fornecedores, e não os clientes do tráfico.

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