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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Após velório interrompido, corpo com supostos batimentos é enterrado



O corpo do homem que a família chegou a acreditar estar vivo durante o velório foi enterrado no fim da tarde de quinta-feira (10) em Toledo, no Paraná. O velório havia sido interrompido duas vezes: na quarta (9), para que o corpo fosse levado ao hospital depois de supostos batimentos cardíacos terem sido registrados, e na manhã de quinta (10), quando a polícia determinou que fosse levado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a necropsia.

Segundo o delegado Pedro Lucena, o laudo com a causa da morte deve ficar pronto em até 60 dias e será incluído no inquérito instaurado após a família registrar o boletim de ocorrência.

“Ao ficarmos sabendo do caso, chamei o médico que fez o atendimento para dar explicação. Ele disse que o cidadão estava sem vida. Mas, para não ficar qualquer dúvida, mandamos o corpo para o IML e o perito vai dizer qual foi a causa da morte”, comentou o delegado Pedro Lucena.

O homem tinha 44 anos, e a família ficou em dúvida sobre a morte após um aparelho registrar supostos batimentos cardíacos. O corpo chegou a ser levado ao hospital durante o velório, mas exames comprovaram a morte.

Na noite de terça (8), ele passou mal e procurou o pronto atendimento de São José das Palmeiras, na mesma região. Horas depois, teve a morte por infarto confirmada pelo médico de plantão. Em seguida, o corpo foi levado à funerária - onde teve todo o sangue e fluídos corporais retirados - e liberado para o velório.

Na quarta (9), pela manhã, familiares estranharam a temperatura do corpo do homem e chamaram um médico. O aparelho usado pelo clínico Fernando Santin registrou 74 batimentos cardíacos por minuto, semelhante ao de uma pessoa viva e com as mesmas características.

“Comuniquei que precisava levar o corpo até o pronto-atendimento, onde teria condições melhores de avaliar, e a família aceitou. Em nenhum momento eu disse que ele poderia estar vivo”, comentou o médico.

Os exames de eletrocardiograma e o monitoramento pulmonar e cardíaco foram acompanhados por um médico cardiologista e outro clínico. Eles constataram que não tinha pulso e que não havia reação da pupila, além da rigidez cadavérica. Portanto, ele estava morto, segundo os especialistas.

Para o clínico Fernando Santin, a hipótese trata-se de um caso de atividade elétrica sem pulso, opinião, segundo ele, compartilhada por um médico do Samu também consultado.

“Mesmo depois de parar de bater, o coração pode continuar emitindo ondas elétricas. E isso é o que pode ter sido captado pelo oxímetro. Casos assim são raríssimos. Em 14 anos de profissão, nunca havia sido chamado para um atendimento como este", explicou.

Fonte: G1 - PR

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