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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Professores da rede estadual iniciam greve no PR por tempo indeterminado.



Professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná iniciaram uma paralisação por tempo indeterminado a partir deste segunda-feira (17). Com a paralisação, aproximadamente um milhão de estudantes devem ficar sem aula. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP- Sindicato), a greve deve reunir todo o efetivo da categoria – aproximadamente 40 mil funcionários.

De acordo com o presidente da APP, Hermes Leão, "um dos principais motivos que levou à paralisação da categoria foi o fato de o governador Beto Richa (PSDB) ter voltado atrás no compromisso de pagamento da data-base da categoria para janeiro de 2017".

"O governo do Paraná já debateu conosco, já se comprometeu e não vem sustentando suas promessas, inclusive com a proposta de retirar a nossa data-base. Somos a categoria com os mais baixos salários. Será uma greve forte nas mais de duas mil escolas do Estado do Paraná", reforça Hermes Leão.

A emenda que altera o pagamento dos servidores foi apresentada por Richa na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) no dia 3 de outubro e começou a ser analisada pela comissão de orçamento. No dia 11 de outubro o governo encaminhou para a Alep um oficio parando a tramitação da emenda.

Três dias depois, o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), que é líder do governo na Assembleia, afirmou que a tramitação fica suspensa até que termine a votação, no Senado Federal, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241. A medida estabelece um teto para o crescimento das despesas públicas e já foi aprovada em primeiro turno. 

Os professores da rede estadual também exigem a regularização do pagamento de promoções e progressões e reclamam do atraso no auxílio refeição para alguns funcionários. Eles também reivindicam a equiparação dos salários de escolas.

A penúltima greve da categoria foi realizada entre os dias 25 de abril e 9 de junho, no ano passado. Ao todo, foram 46 dias de paralisação.

Apoio às ocupações
Ao G1, Hermes Leão disse que a APP-Sindicato apoia o movimento dos estudantes que ocupam escolas do estado para protestar contra a medida provisória 746 que determina uma reforma no ensino médio no país. "Nós temos essa pauta em comum e reconhecemos o direito legítimo dos estudantes em protestar sobre o assunto", disse o presidente do sindicato.

O presidente do sindicato declarou ainda que a APP-Sindicato repudia o recesso escolar nesta semana anunciado neste domingo (16) pelo chefe da Casa Civil do governo do Paraná, Valdir Rossoni.

Segundo o último balanço divulgado pelo Movimento Ocupa Paraná, divulgado na noite de sábado (15), são 470 escolas e sete universidades ocupadas no Paraná.

As ocupações começaram no dia 3 de outubro. Veja a lista completa no site do movimento estudantil.

Entenda o acordo feito em 2015 entre o governo e os servidores
O pedido de reajuste salarial foi um dos principais entraves da greve, que ficou marcada, inclusive, por causa de um confronto entre a polícia e os servidores no Centro Cívico, em Curitiba. Desde o início, a categoria pedia aumento de 8,17%, por conta da reposição da inflação.

No entanto, a proposta que acabou sendo aprovada pelos professores previa o pagamento de 3,45% referente à inflação entre os meses de maio, quando vencia a data-base da categoria, e dezembro de 2014.

Em janeiro deste ano, os servidores receberam um novo reajuste, com a inflação acumulada em 2015. A mesma medida deveria ser tomada em janeiro de 2017, referente à inflação de 2016, mais 1%.

Fonte: G1 PR

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