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sábado, 19 de março de 2016

Sobrevivente de acidente entre avião e kombi no PR passa por dificuldades.

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Quase dois meses depois de um avião cair sobre uma Kombi e matar seis trabalhadores em Londrina, no norte do Paraná, um dos sobreviventes da tragédia não sabe como está vivo. O pintor Diógenes Gomes Fagundes, de 45 anos, ainda perdeu dois filhos no acidente. Passado o período mais crítico da recuperação, a família passa por dificuldades financeiras.

Diógenes passa o dia em casa, se recuperando. Com a voz pausada e olhar meio perdido, ele se pergunta o tempo todo como sobreviveu a um acidente daquele.

“Tenho bastante dificuldade ainda na recuperação, mas devagarinho estou me recuperando”, conta o pintor.

No dia 20 janeiro, a kombi com oito trabalhadores voltava de Astorga pela rodovia Carlos João Strass quando foi atingida por um avião agrícola. O monomotor sofreu um pane logo após a decolagem, perdeu altitude, bateu no asfalto e atingiu em cheio a Kombi.

“Falei: nosso esse avião está baixo demais, vai bater na gente. A Kombi onde estávamos despedaçou. O avião rasgou ela no meio”, pontua o sobrevivente.

O piloto sobreviveu. Das oito pessoas que estavam na kombi, seis morreram, inclusive os dois filhos de Diógenes, que trabalhavam na mesma empresa. Um tinha 18 e outro, 27 anos.

“A ausência deles, a falta deles machuca demais. É o que mais dói na realidade”, lamenta Diógenes.

“Quando fiquei sabendo o meu mundo caiu. Não imagina que isso vai acontecer. Imagina ir em velório de muitos, mas nunca dos meus filhos, ainda de dois filhos no mesmo dia”, conta com tristeza Silene Fagundes, esposa de Diógenes e mães de duas vítimas do acidente áereo.

Depois do acidente, é impossível não pensar na probabilidade de um acidente como esse acontecer. Vida e morte foram definidas em questão de segundos.

“Um pouquinho a mais ou um pouquinho menos tínhamos escapado. É aquela coisa, estávamos no lugar errado, na hora errada”, constata Diógenes.

Após o acidente, o pintor foi levado em estado grave para o hospital. Ficou uma semana em coma induzido e passou por duas cirurgias para corrigir ferimentos no braço e no abdômen. Teve o fígado e intestino esmagados. Somente 20 dias depois, com quadro mais estável, é que Diógenes foi avisado pela esposa sobre morte dos filhos.

“Perguntei cadê os meninos. Eles não vieram me ver, o que aconteceu. Então ela contou que não tínhamos mais os dois, que eles tinham morrido”, se emociona o pintor. “Ele começou a chorar, ficou desesperado. Durante o tempo todo que ficou no hospital não conversava comigo, ficou mudo”, relembra Silene.

Silene largou o emprego para cuidar do marido que não sabe quando vai poder voltar ao trabalho. O casal, que tem mais dois filhos, passa por dificuldades.

“Um amigo traz alimentos, outro um pouco de dinheiro e outro deposita dinheiro na conta que abrimos”, detalha Diógenes Fagundes.

A luta pelo recomeço é de dor e esperança. Na mesma medida. “De sequela mesmo o que vai ficar é a saudade dos meus filhos, a ausência deles, e as marcas das cirurgias. Espero que o resto ocorra tudo bem”, diz.

Quem tiver interesse em ajudar a família pode doar qualquer quantia em dinheiro direto na conta corrente de Diógenes. O dinheiro pode ser depositado na Caixa Econômica Federal, conta corrente 34304-1, agência 2702. Para mais informações basta ligar no telefone (43)3329-8268.

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