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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Vendavais causam danos e assustam moradores na região.

Um forte vendaval registrado na madrugada da quinta-feira, dia 10 de dezembro, causou enormes prejuízos aos moradores da área rural de Ivaiporã. O vento também causou estragos em Ariranha do Ivaí, Lidianópolis e Grandes Rios.

Em Ivaiporã, a região mais atingida foi do Bairro Pindauvinha. O coordenador municipal da Defesa Civil, Silênio Navarro, e a equipe da Defesa Civil estadual conferiram os estragos poucas horas depois do fenômeno e se mostraram surpreendidos com o cenário que presenciou. Silênio Navarro calculou que pelo menos 140 árvores foram danificadas, várias delas arrancadas pela raiz e com muitos galhos retorcidos.

Ao lado do campo de futebol da comunidade, 6 pinheiros grandes foram derrubados e algumas árvores caíram 20 metros distantes do local onde estavam plantadas. Além disso, 6 edificações foram danificadas – 2 casas, em uma delas um pinheiro com cerca de 20 metros caiu sobre o telhado. Pessoa alguma se feriu.

Moradores relataram ao coordenador da Defesa Civil que os ventos mais fortes começaram por volta das 02h00 e duraram apenas 5 minutos. Tempo suficiente para causar enormes estragos.

Na área urbana de Ivaiporã, 3 árvores caíram e o telhado de um supermercado, localizado no Conjunto Mourão Filho, também foi danificado.

O meteorologista do Simepar (Serviço de Meteorologia do Paraná), Fernando Mendes, confirmou ao Paraná Centro que durante a madrugada da quinta-feira, dia 10 de dezembro, ocorreu uma linha de instabilidade sobre o município, que desencadeou os ventos fortes que causaram prejuízos no município. Ele explicou que essa linha de instabilidade se formou em Santa Maria do Oeste, passou por Pitanga e Ivaiporã, e dentro dela ocorreram várias células de tempestade e que uma delas pode ter desencadeado o vendaval.

Sobre a possibilidade de ter ocorrido um tornado, Mendes foi cauteloso. Disse que é preciso verificar vários fatores para afirmar com certeza a ocorrência do fenômeno, como a visualização do cone e evidências como a queda das árvores e galhos retorcidos. Ele disse que os ventos podem ter atingindo 100 quilômetros por hora. “Precisamos de uma análise mais completa dos dados para confirmar o que aconteceu”, disse o meteorologista da Simepar.

Cidades registram prejuízos
Os fortes ventos que atingiram a região durante a madrugada também causaram prejuízos aos moradores da zona rural de Ariranha do Ivaí. O bairro rural de Alecrim, na divisa com Ivaiporã, foi o mais atingido, onde várias árvores foram arrancadas, mangueiras e barracões amanheceram destelhados. Diversas árvores foram arrancadas no município e muitos moradores ficaram sem energia elétrica.

Em Grandes Rios, houve registro de queda de árvores, especialmente no trecho da Rodovia PR-451, entre Grandes Rios e o distrito de João Vieira, município de Cruzmaltina. Diversas árvores caíram sobre a rodovia, mas nenhum motorista ficou ferido. Em Lidianópolis, no bairro rural Monte Alto, o vento forte também derrubou diversas árvores e várias delas caíram sobre a Rodovia PR-466. Ninguém ficou ferido.

Excesso de chuvas marca final de ano
O fenômeno El Niño tem sido responsável pelo excesso de chuvas neste final de ano. Segundo dados coletados junto a Coamo de Ivaiporã, entre outubro e o dia 11 de dezembro, foi registrada uma precipitação pluviométrica de 818 milímetros.

Durante 70 dias, ocorreram chuvas em pelo menos 40 dias. Apenas em novembro, foram mais de 500 milímetros de chuva, recorde para o mês. Em comparação com o período de 2014, o aumento das chuvas está na ordem de 136%. Foram registrados, no ano passado, 343 milímetros com 22 dias de chuva.

O departamento técnico da Coamo informou que não é possível afirmar se ocorrerão prejuízos nas lavouras de soja, uma vez que nos dias que não choveu os produtores conseguiram fazer as aplicações de defensivos. No entanto, em alguns locais foram registrados erosão e deslocamento de terra.

O excesso de chuvas também está deteriorando o pavimento de rodovias e do asfalto nas cidades. A cada chuva, o número de buracos aumenta e em algumas estradas o tráfego é comprometido, como no caso da rodovia entre Ivaiporã e Arapuã.




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