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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Antes de matar filho, vigilante pesquisou na internet como cometer o crime, motivo pode ser outro.

Um crime brutal e difícil de aceitar. A cidade de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, não suspeitava que o vigilante Daniel Pereira, de 35 anos, pudesse cometer o crime brutal contra o filho Érick Pereira, de apenas dois, no último domingo (15). Porém, segundo o delegado Hertel Rehbein, de Rio Branco do Sul, o suspeito deu indícios à mulher dele de que poderia matar a criança e procurou a melhor forma de fazer isso na internet.
“É um homem completamente fora da realidade. O Daniel diz que tudo começou com uma suposta demissão que ele foi vítima e, por isso, não teria como prover o sustento de sua família. Antes do crime, chegou a dizer para a mulher que tinha o propósito de tirar a vida da família e dele”, descreveu o delegado à Banda B.
Daniel procurou na internet a melhor forma de matar o filho e depois se suicidar. “Nós já descobrimos que ele consultou a internet para saber como cometer o crime. Uma família sem problemas, que levava uma vida tranquila e, por isso, a ficha do que aconteceu ainda é difícil de cair”, ponderou Rehbein.
A intenção era sim de cometer o suicídio, mas parece ter faltado coragem, de acordo com Rehbein. “O Daniel levou a criança até a lagoa, passeou com ela, abraçou e os dois afundaram na represa. Depois disso, o menino foi morto por asfixiamento, já em terra. A narina do Erick encheu de areia em função do que o pai fez, com que ele de bruços. Antes de ir embora, Daniel deixou as mãos do filho juntas, como se o menino estivesse rezando”, detalhou.
Apegado ao pai
O delegado confirmou à reportagem que Erick era muito apegado ao pai. “Um menino que adorava o pai e era muito ligado a ele. Não sabia que quem mais considerava seria o seu executor. Um homem que não aparentava, mas era completamente fora da casinha”, disse.
Rehbein também comentou que a mãe só veio a chorar quando soube da confirmação da morte do filho, talvez por conta de um estado de choque. “A mãe durante a investigação não falava o nome da criança e se preocupava com a integridade física do Daniel, o que chamou a atenção. Ela veio a chorar quando recebeu a notícia de que a criança estava morta”, apontou.
Outra motivação
Para o delegado, a motivação financeira não o convenceu. “Eu acredito que ele matou a criança porque atrapalhava o relacionamento dele com a mulher e, de uma forma covarde, eliminou o menino”, descreveu.
Por fim, Rehbein confirmou que desde o princípio sabia do envolvimento de Daniel no crime. “Ele contou uma história mirabolante que não tinha o menor nexo. Diante de nossa experiência e do fato de faltar ar quando ele falava sobre o filho, ficou claro que a história era ficcional. O Daniel permanecerá preso e o inquérito policial será levado ao Ministério Público”, concluiu.
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