Foto/Alisson Souza, delegado adjunto
“Eu matei o meu irmão”. Foi com esta frase que Celso Brandalise confessou ter assassinado seu irmão Jandir no começo da tarde de 07 de agosto de 2014, na entrada da chácara da vítima, às margens da BR 277, em Guarapuava. + Disputa por terra e trator podem ter sido as causas da morte de Brandalise
Celso foi preso nesta segunda (15), quando saia de casa. Tão logo chegou à delegacia quatro advogados, dos quais dois são familiares, compareceram ao local. De acordo com o delegado adjunto da 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava, Alisson Souza, a confissão de Celso foi taxativa e sem nenhum detalhe. O depoimento aconteceu na delegacia do município de Turvo há dias, a pedido da defesa para segurança do suspeito. “Ele [Celso] não falou mais nada. Continuamos fazendo diligências, ouvindo testemunhas e há uma co-autoria. Pedi a prisão temporária, que é de 30 dias, e sei que essa confissão é uma estratégia da defesa para entrar com habeas corpus alegando que o seu cliente confessou. Mas quando vencer o prazo vou evoluir para a prisão preventiva, pois há muitas diligências a serem feitas”, disse o delegado.
Segundo Alisson, uma trama familiar envolvendo outras pessoas permeia o crime. “Dois após o assassinato já tinha o suspeito a partir de gravações, de depoimentos. Sabia também que duas horas antes do crime ele abasteceu o Meriva num posto, mas ele fugiu do flagrante”, explica o delegado.
Segundo o delegado, o furto de um trator seria um dos motivos do crime. “Há informação de que um sobrinho do suspeito teria furtado um trator e há o envolvimento também de outros familiares. Ainda temos muitas investigações; precisamos identificar a co-autoria; encontrar a arma do crime”, afirmou.
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